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Entre o talento e a falta de experiência

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EUROCOPA 2020 - FASE DE GRUPOS - RODADA 03 - CAT FÊNIX - FIFA X1


 

Entre o talento e a falta de experiência


 

Todos sabemos o quanto as modalidades que se encaixam na categoria Fênix são difíceis, claro que no FIFA não seria diferente, aliás, jogá-lo sem qualquer tipo de assistências torna um simples passe de dois metros tão complicado quanto bater uma falta, e não, não é um exagero. Obviamente que isso também não pode servir de muleta, até porque existe uma coisa chamada treinamento, e que geralmente é muito eficaz quando executado com regularidade, mas tudo bem, uma divisão justa é 50/50, entre a coragem de entrar no campeonato e o tempo que se leva até pegar o jeito.

Entre Espanha x Inglaterra de Vinicius e Max a movimentação da seleção Inglesa foi o grande forte do jogo, e ali ficou claro o quanto um tem mais experiência e domínio do que o outro, bom, se por um acaso Vinicius tiver o mesmo tempo de FIFA que Max, seu futebol está um tanto quanto parado. Sendo assim ou não, as dificuldades de Vinicius para encontrar espaços no campo inglês foram tremendas, e quando encontrou e pode ficar cara a cara com Picford a bola foi colocada para fora. Essa movimentação que Max encontrou na Inglaterra deu muita fluidez ao time, ele foi muito bom nos passes em diagonal de muito longe, enfiando bolas em profundidade e entrando área adentro como quis. Méritos grandiosos de criação, porém nem tanto na finalização. O gol saiu numa jogada individual no acionamento de Sterling cortando pelo meio. Como eu disse, a Espanha mais se defendeu do que jogou, as linhas altas por vezes mal posicionadas na tentativa de abafar a Inglaterra de Max renderam quase um golaço num lançamento direto de Picford para Kane que o goleiro foi muito feliz.

Resultado magro, mas foi a favor de quem quis jogar.


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A melhor das três partidas foi sem dúvidas França e Holanda, com Henrique voltando e Iran se aventurando no mundo sem assistências, ambos competidores altamente capazes e inteligentes. Mesmo sem a experiência de Henrique, Iran foi quem mais apertou, pressionou e empurrou o adversário para dentro do próprio campo, mas a velha máxima do futebol que diz certeiramente que “a bola pune”, agiu aqui, e por mais que Henrique estivesse há algum tempo sem jogar ainda sabe os atalhos e neles encontrou o gol aos 20’ num erro da reposição de Iran. O fato é que, Iran e a sua Holanda foram melhores no jogo todo, em pressão, tentativas de jogadas pelos lados e muitas bolas para fora sem falar nas defesas absurdas de Lloris que evitaram uma goleada.

Foi na insistência, na base do empurrão que saiu o empate da Holanda, numa enfiada de bola e um chute muito forte dessa vez sem chances para o arqueiro francês buscar. A falta de experiência de Iran lhe fez sofrer mais do que o necessário para vencer Henrique, as finalizações que são o grande ponto a ser dominado no FIFA lhe pesou as costas e fez a vontade se sobressair. O pênalti defendido por Henrique foi mais um exemplo. No fim do jogo, a França apenas se defendeu, e a blitz holandesa de Iran agiu como prego na madeira até virar merecidamente a partida.


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Para Tiago e Anderson o desenho foi outro, no encerramento da noite Portugal de Tiago foi esmagador para ser bem sincero. Três de Cristiano Ronaldo e um domínio quase que total de bola. A Bélgica foi arrumada por Anderson de uma forma muito aberta, sem precauções e com quase nada de criação, ficou um time muito confuso que mais se defendeu e perdeu tempo tentando se arrumar do que propriamente jogar. O estilo de jogo de Tiago foi cirúrgico, ele encontrou as fraquezas de Anderson e colocou sua melhor arma na zona do campo em que ele rende mais, sem invenções, apenas posicionamento adequado e finalizações certeiras. O primeiro saiu aos 13’, o que já serve para desnortear que nitidamente está mal arrumado, o segundo aos 33’ e o fechamento aos 59’.

Enfim, talento todos têm, claramente uns mais, outros menos. Mas o ponto chave é a experiência, aquela que vem com treino e muitas horas de competição, na minha opinião numa enorme maioria o experiente bem postado se sobressai ao talentoso.


 

Por Mauricio Klippel


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