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Gols a revelia pela Orion e um baile Potuguês

Entre o talento e a falta de experiência
Julho 30, 2021
90% alinhado
Julho 30, 2021
 

EUROCOPA 2020 - FASE DE GRUPOS - RODADA 03 - CAT ORION - FIFA X1


 

Gols a revelia pela Orion e um baile Potuguês


 

Ao mesmo tempo que falamos em equilíbrio geral na categoria Orion, podemos colocar um contraponto falando claro, do desequilíbrio. Se no fim das contas seis seleções acabaram igualmente com seis pontos quer dizer que, existem players muito qualificados e que todavia sabem o que estão fazendo, mas, posso colocar também que nessa fase eliminatória onde um temporal de gols arrasou a casa da maioria, eu me permito pensar num erro de percurso que custou muito caro. Veja bem, quem tomou goleada não é ruim, mas naquela ocasião imaginou talvez muito pouco de seu adversário, se desarrumou e foi dormir de touca.

Arengue e a sua Alemanha colocaram um 5 a 1 espantoso em Degli, com uma supremacia gigantesca que até me pareceu um pouco manjada quando a maioria das jogadas de início de etapa eram pelo lado direito com Sterling, bom, quando ele enxergou o que faltava e corrigiu a deficiência nas finalizações nada mais foi possível para a Itália, nem mesmo uma defesa tão sólida na teoria conseguiu fazer jus na prática e impedir tantos gols sofridos. Pode parecer absurdo, mas quem abriu o placar foi a própria Itália, que tentou, é verdade, mas depois do terceiro gol alemão desandou completamente. Goretzka e Werner foram os legítimos carrascos e pelas mãos de Tiago Arengue apresentaram o que tem de melhor.

A seleção portuguesa abriu o salão, limpou, serviu a janta, e ainda por cima tocou o baile. Não sobrou pedra sobre pedra da Bélgica de Eder. Feliphe empurrou um 9 a 0 jamais visto por aqui, com todos os tipos de gols, desde um erro bizarro do goleiro atrasando uma bola nos pés de Ronaldo até uma bucha do mesmo, por cobertura. Feliphe conseguiu tirar tudo o que Portugal tinha para oferecer, e olha que nem é muito, posso dizer com certeza que foi mais a mão dele do que o time propriamente dito. No agregado de jogadores a Bélgica tem melhor elenco que Portugal, que, nada mais é que um Cristiano nota 10 e o resto 7 para baixo.

Eder usou muito mal seus jogadores, De Bruyne nem apareceu, do contrário, Feliphe conseguiu que seu craque fizesse 6 gols. A Bélgica não existiu em campo, tudo o que foi em gol, passou.


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Iran e Eric são dois moleques bons de bola, ambos sabem jogar com a bola no chão, conhecem bem os jogadores e como posicioná-los em campo, não à toa fizeram uma baita apresentação. Uma característica que tanto a França de Iran, quanto a Holanda de Eric têm em comum é a compactação, ou seja, existe um desenho tático, diferente é óbvio, que os dois seguem e isso fica bem nítido. Sendo mais específico: eles pensam em organização no campo para a bola rolar com qualidade. Os camisas laranja abrem o placar com Van Djik numa bola que sobra depois de bater no poste, mas depois do empate de Iran com Griezmann a França foi quem tomou mais a frente do jogo.

Iran classifica a França fazendo mais um gol e com um mérito grande: fazer a seleção jogar muito solta e de maneira efetiva.

O encerramento ficou com a Inglaterra de Alissom e a Espanha de Fogaça, onde mudaram as seleções mas não a quantidade de gols. 4 para Inglaterra, 3 para Espanha, resultado que classificou Fogaça por apenas um gol de diferença nas contas finais, apertado assim como a própria partida. Jogão de bola, lá e cá, muita movimentação, inclusive a seleção abre o placar numa paulada de fora da área que o goleirão nem sequer saiu na foto. Reshford empata numa matada no peito excelente seguida de uma finalização certeira, o que faz a Inglaterra melhorar muito na sequência do jogo, e a principal justificativa é que Alissom ajustou bem demais os flancos ingleses e os fez jogar com facilidade, tanto que sai por ali o gol de Kane.

Numa bola respingada na zaga sai o gol contra que cede o empate espanhol. A blitz inglesa começa logo depois do empate, e num bate e rebate, sai mais um do artilheiro inglês Kane. Não se perca nas contas por favor, num erro raro inglês a Espanha empatou novamente aos 89’ do segundo tempo, bom, nunca dê por encerrado um jogo tão cheio de oportunidades, sempre pode pode acontecer algo até que as luzes se apaguem. Dito e feito, gol da Inglaterra driblando o goleiro. Vitória heróica, mas que como eu disse classificou a Espanha.


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A próxima etapa será de arrepiar os cabelos.


 

Por Mauricio Klippel


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