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O passe de misericórdia

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SUPER COPA LBFO - FARRAPOS


 

O passe de misericórdia


 

Há uma clara melhora no estilo de futebol praticado pelo Farrapos, e uma melhora constatada espantosamente em três jogos, os de arrancada no LBFO, mas assim como existe esse evidente crescimento (que para um time que já vinha bem, melhorar, é ótimo) também é aparente a dificuldade no último passe, e nem é por uma falta de qualidade técnica, e sim por um preciosismo na hora de concluir em gol que faz aquele “tic-tac” em frente a área ser completamente inútil.

O crescimento é no grupo, na força de reação encontrada nos 11 que estão em campo. O Farrapos não é um time apático e que aceita placares adversos, nada disso, a qualidade individual de alguns de seus jogadores se sobressaem e incorporam ao grupo que automaticamente busca fazer o que não havia feito até então, eles correm muito, se movimentam com direções planejadas e não a moda doido, entendem as mecânicas de jogo e tem duas, que são as peças chaves para que o resto do time funcione: Diego Alemão e Tiago Gomes.

É pelos pés dos dois que o horizonte se abre, Alemão mais recuado como o homem do passe curto e rápido e Tiago como o condutor que encontra os espaços e dá de presente aos demais. Neste ponto, perfeição, esse é o coração do time que desde os amistosos já tinha isso como fonte de sucesso e hoje nos mostrou que ainda pode evoluir. Definitivamente não é um time covarde.

Porém, este porém traz consigo a parte boa da reação, mas também a ruim na falta de finalizações em gol. Parece que entrar com bola e tudo é o objetivo de quem dá o último passe, e isso está errado. No primeiro jogo contra o Voken, um 0 a 0 sem muitas chances, com posse de bola em excesso, avanços e domínios de campo, mas sem conclusões. No segundo, aí contra o Fifeiros, o preço do preciosismo foi pago com a derrota por 1 a 0, melhoraram, é verdade, mas o exagero poderia ter ficado para trás.


 
Super Copa LBFO_Farrapos_06

 

O Cokee é um time claramente em busca de entrosamento, que por muitas vezes foi ansioso e só chegou a ameaçar o Farrapos em período muito pequeno de tempo, nada mais do que isso, além do gol de desconto. Quando começaram a sofrer, a formação se abriu ainda mais, e a decisão de tornar o time “faceiro” só forçou engolir a seco 6 gols. Foi um prato cheio para o Farrapos que precisava melhorar as pressas o que faltou nas duas etapas anteriores: a finalização com efetividade.

As alternativas de frente funcionaram maravilhosamente bem, e isso significa apenas converter em gol quando a chance aparece clara como o dia. 1, 2, 3, 4, 5, 6 gols, o que faltou em dois, foi feito em um, com Alex Campos sendo o dono da bola. Apareceu, bate! Clareou, bate! A bola pinga com frequência, os homens de meio do Farrapos são ótimos, e que dera todos os times contarem com meias de qualidade.

Sem o passe de misericórdia, aquele que pune o adversário, não tem como ganhar. Posse de bola sem efetividade é inútil e nem sempre um time vai se abrir e deixar as coisas fáceis para tomar 6.


 

Por Mauricio Klippel


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