Wandaick não desistiu

MUNDIAL F1 FÊNIX - ETAPA 11 - GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA - SEASON 03

Wandaick não desistiu

Não desistiu e nem vai. O título é uma alusão às “batidas na trave” que ele teve em várias outras etapas, mas que ao seu melhor estilo, volta a colocar a bola no gol, ou melhor, a erguer a taça no lugar mais alto do pódio. A vitória de Wandaick, primeira no Mundial Fênix, por mais incrível que possa parecer, lhe coloca novamente no fervo, lhe anima e até sussurra no seu ouvido: “se você quiser, você pode”. O que é mais importante para um piloto de ponta do que voltar a vencer? Num campeonato em que ele próprio também começa como um dos nomes mais fortes? Não adianta, cruzar a linha em primeiro lugar é como reviver, e Wandaick sabe disso.

A bagatela de 4000 realetes por uma Mercedes não surge sempre, então, isso significou a Wandaick uma oportunidade e tanto para ter a glória na Bélgica. Muito de sua pilotagem grandiosa, aquela que vimos no seu começo por aqui, a que já lhe rendeu títulos, vem da sua forma agressiva de guiar, que vai para cima sem medo e sabe como executar na hora “H”. Esse GP em Spa foi assim, com sua cara, seu jeito. A oportunidade foi abraçada com gosto e a retomada de Wandaick mostra como ele no seu nível mais alto, dá um trabalho absurdo aos demais pilotos.

Quando largou melhor que Roldan e assumiu a ponta, ele tratou de abrir, e nessa saga foi interrompido por um drive-thru, caiu no grid, escalou tudo, ultrapassou, viu os inúmeros carros de segurança emparelharem sua posição a dos demais e dar chances a eles, principalmente a Matheus Leão, que andou uma barbaridade também, encarou de perto a chuva no fim da prova e tudo isso de maneira segura, de maneira firme, porém, com a pitada de agressividade que lhe é de costume. Não é fácil passar por Wandaick, e nós presenciamos isso na Bélgica, daquela mesma forma que lhe fez brilhar outrora.

Nesses tipos de situação da qual Wandaick passava até a Bélgica, sem vencer, vendo resultados escaparem e sentindo que o título pudesse estar escapando (e no desespero eles sentem isso), dar tudo o que tem, ir para o tudo ou nada, reacender aquelas pilotagens mágicas com um carro de ponta é o que cabe melhor, não adianta esperar que Roldan vá mal, Leão bata, Nicolas não corra, não, não, nada disso! A certeza de Wandaick que surgiu na pressão lhe fez vencer a prova e de maneira espetacular. Este é o Wandaick que gostamos de ver na pista.