Samba de cadeiras, samba de oportunismo, samba na chuva e o samba principal: o da vitória. Tudo isso aconteceu durante a interminável corrida na cidade/estado. Conduzida hora, por trechos interessantíssimos, e tempos mais tarde por monotonias que se tornaram resenhas durante o trecho.
Thiago Mambretti se referiu à pista como um sambódromo, por conta da chuvarada torrencial, e eu, humildemente me apropriei do conceito. Samba abrange muito, e muito também foi o que uma parte considerável deles fez. Cordeiro foi sim bastante oportunista, seus principais oponentes estavam de Toro Rosso, o que não é um sacrilégio, mas também nem o ideal, de qualquer forma ter passado por Yan e cia já na largada, fez brilhar em sua cabeça que poderia vencer a corrida. Se foi isso mesmo, então pensou direito. Para vencer, precisou descontar as punições e ser inteligente para não deixar que Ramon pudesse chegar. Na verdade, tanto Ramon quanto Rapha, erraram. As inúmeras punições jogaram o primeiro citado para a 4º posição, enquanto Lobo, ficou em 2º.
Mesmo com o abandono repentino, gostei muito de Yan William, segurando e importunando Ramon até o seu limite, continuar treinando é a chave. Por outro lado, neste momento, uma linha muito tênue separa as performances de Henrique Aires de boas, e ruins. Infelizmente os resultados bem construídos acabaram ficando para trás, não entendo o porque, e é uma enorme perda, ele faz a diferença e poderia bater de frente com o trio que briga pelo título. Isso infelizmente acontece também com Paulo Felipe, é chato, sim, muito chato. A irregularidade é o calcanhar de Aquiles da categoria.
Como já citei, boa parte deles fez muito hoje, mas precisam de direção, não “só fazer”. Outra coisa, o problema aqui não são as pilotagens de Ramon e Raphael, muito pelo contrário, são demolidores dentro da pista. O que os afeta e afeta em cheio, são os inúmeros altos e baixos, esta gangorra de resultados só os prejudica, e se fossem mais regulares, inclusive com as punições, provavelmente a decisão do título seria somente entre os dois, de maneira bem larga, diga-se de passagem. Um exemplo da eficácia de Ramon foi a prova de hoje, um piloto formidável, mas que amarga ainda não ter vencido. Já que falamos de samba, neste caso, ainda é preciso aprender a dançar conforme a música.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: