parallax background

Recuperação imediata e muita ofensividade

Aos poucos se encaixando
Novembro 12, 2019
Tudo o que Raphael Lobo precisava para abrir vantagem, aconteceu
Novembro 13, 2019
 
RS_LigaeCopa_RXP_Realityxp_50

 

Uma final de Mundial de Clubes é algo que tem um valor enorme. Torneio curto, com uma equipe gigantesca no padrão europeu, outras menores, geralmente Sul Americanas, e algumas sem relevância no cenário do futebol mundial. No A.V. também é exatamente assim. Nesta ocasião, A poderosa Juventus de Cristiano Ronaldo, foi defendida por Tiago Luz. E o também Campeão do Mundo, Internacional, ficou com o imensamente habilidoso, Daniel Rezende.

Digamos que o momento perfeito para Daniel mostrar um futebol diferente seria exatamente aquele. E o fez, e como fez, mesmo com erros infantis, dos quais Tiago também compartilhou, em maior escala, que fique claro.

Como favoritíssima, a Juve abre o placar num gol de Cuadrado. Erro crasso! Aquele infantil, sabem? Cometido na recomposição de bola colorada, um banho de água fria logo aos 6 minutos. No exato momento do gol, Tiago tinha um controle maior da partida, para não dizer, absoluto. A defesa fazia uma linha de quatro bem adiantada, coisa de quem quer liquidar a fatura logo de cara. Eu não o condeno por isso, a pressão é válida, e o seu elenco era muito capaz de realizar a formatação que fizera.

Mas ele não esperava um Daniel atento, ligado, e que sentiu o jogo. Viu sua linha bem a frente e encontrou ali um paraíso para jogadas individuais e de profundidade. A melhora na partida do Internacional é instantânea. Em quatro minutos, três chances perdidas. A Juve já não tinha mais homens na última bola e a ofensividade vermelha foi muito intensa. Tiago não corrigiu a postura, e todas as bolas do lado esquerdo italiano, eram perdidas. Assim como os erros nos arremates colorados.

Aos 29, chega o empate. O tal Gustavo, genérico, que deve ser um Paolo Gurrero às avessas marca e marca bem. 1 a 1 e o Inter muito melhor no jogo.

A marcação alta da Juve de Tiago não deu certo, porque a posse de bola não era dele. As bolas nas costas assim são quase que irreversíveis. Sem a bola, primeira linha levemente mais para trás. Mas a sua postura também era de atacar, então, valeu pela proposta até certo ponto.


 
RS_LigaeCopa_RXP_Realityxp_49

 

Ponto este, que o fez marcar outra vez. Ronaldo bem acionado, infiltrando por trás, é caixa. 54 minutos, hora de arrumar a parte de trás e explorar os erros colorados, que saiam sempre no meio, nas tentativas de bolas verticais. E aí meu caro, não adianta só fazer, sem ajustes, novo gol do Inter aos 58, a base de uma jogada individual excelente, com uma precisão de drible incrível. Gustavo, de cabeça, sozinho.

No apagão italiano, mais um. Aos 60 o crescimento de Daniel para com seu time já era absurdo. Muita habilidade, zaga adversária tonta, bola e mais um pouco para dentro do gol. Bom, seria o fim? Não, partidas dinâmicas são emocionantes, e Tiago também não deixou de garimpar até achar mais uma falha. Bola sutil pelo lado, e gol. No meio das canetas.

Gol de ouro.

E a tremenda habilidade de Daniel se sobrepôs novamente. Que passe espetacular de Claudio, o - D’Alessandro invertido, neste caso -, para Gustavo. Entre os dois zagueiros, que resolveram marcar o mesmo cara e deixar um hectare de campo livre. Golaço! Daniel campeão e uma final de arrepiar os cabelos. Pelas propostas incrivelmente ofensivas, mas também pelos erros.

Mauricio Klippel

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *