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Quem não faz, leva

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Segue a velha máxima do futebol contando suas histórias por aí. Semifinal da Copa América entre Venezuelanos e Peruanos, nenhuma das duas seleções oferece nomes brilhantes a seus treinadores, cabia a eles então tirar o melhor que pudessem com as peças que tinham, e se formos colocar no papel, comparar a grosso modo mesmo, o Peru já largaria a frente, mesmo sem craques, ainda é bem melhor que a Venezuela, com Guerrero e Cueva, por exemplo. Não vi praticamente nada disso, pelo contrário, de início um jogo muito truncado no meio, com balões na tentativa de ligações diretas, o que é quase sempre inútil, mas me parece que Daniel e Corbari não aprenderam ainda. É algo tão batido, que raramente dá certo, a não ser que um dos times jogue com linhas bem avançadas na tentativa de pressão e alguém encontre um espaço pelas costas, mas isso necessita de um atacante veloz. Não era o caso.

Trabalhar a bola, deixá-la rolar, aconteceu pouco. Nas tentativas peruanas de preencher o campo de defesa adversário, sempre faltou o principal: Efetividade. Pecou e muito na hora dos arremates, porque mesmo com um jogo ruim tecnicamente, ainda vimos momentos bem interessantes de Rodrigo Corbari tentando desenvolver a seleção do Peru, oportunidades não faltaram, precisão, sim. E além do mais Farfán já deu o que podia, lento e sem força ofensiva ele elimina possibilidades rápidas de matar certos ataques. E bem além disso tudo, ele teve a chance de vencer nas suas mãos, ou melhor, nos pés, Fariñes já tinha feito boas defesas, mas tomou um drible seco ao final de uma tabela maravilhosa dos peruanos (a que encaixou) e poderia ter fechado o caixão dos rivais depois de tal façanha. Com a bola debaixo da trave ele permite que o zagueiro tire de carrinho. Preciosismo não ganha jogo e quem não faz, leva.

A Venezuela veio aos trancos e barrancos, obrigando Gallese também a grandes participações, e mesmo que tenha sido quem mais arriscou nas ligações diretas ainda saiu com a classificação. O futebol foi feio e pouco jogado, mas por incrível que pareça, ao apagar as luzes para a chegada do gol de ouro, Rondón busca a tal ‘’bola pelas costas’’ enquanto as linhas Peruanas cochilavam, e acerta uma bola precisa na cabeça de Martinez. É assim mesmo que as coisas funcionam no futebol, ou mata quando tem a chance, ou morre por não ter feito.


 

 

Mauricio Klippel

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