Se os competidores envolvidos não forem comprometidos com a causa e preferirem a novela das nove ao invés de correr, sim, realmente não vale nada, ou seja, quando se deixa para trás uma boa oportunidade de aprimorar alguma coisa, corrigir algum erro, testar setup, ou qualquer outro meio que venha a agregar na sua pilotagem futuramente, sem compromisso de marcar pontos ou aquela pressão de equipes por um objetivo maior, você não leva às situações tão a sério quanto deveria.
Problemas ou compromissos pessoais são outra história. Esta é minha simples opinião, que você, obviamente, não precisa concordar.
No entanto, para os que foram até Interlagos, notou-se uma grande dose de empenho, de vontade, de que se estavam ali, seria para brigar. O quase campeão Raphael Lobo foi o vencedor estreante do que será uma categoria em 2020, a Zeus, do PC, tem na essência os pilotos da velha guarda, os “macacos velhos” do A.V., porém, foram os que menos apareceram. E como Lobo vive uma fase excelente, a vitória veio ao natural, mesmo depois de ter problemas na largada, e ter de remar desde o fundo do grid para almejar coisas maiores.
O tempo curto foi suficiente. Mas não para Arthur Luiz e nem Lucas Cordeiro. Faltou muito pouco para que pudessem buscar algo a mais, afinal, Lucas andou um absurdo, sempre agudo, agressivo, e de maneira nenhuma perdendo tempo, ora essa, não foi só um evento? Cordeiro fez uma de suas melhores provas! Arthur ousou a escalar também, e por um longo tempo liderou e muito bem, até ter problemas de conexão.
Pedro Raso e Guilherme Zanco, o qual não conhecia, por várias vezes formaram pegas de tirar o chapéu. Enfim, estes eventos não podem e não devem ser levados apenas como qualquer coisa, dá para se tirar muito dalí.
Na falta dos protagonistas certos, cria-se novos no aproveitamento das circunstâncias.
Mauricio Klippel