Embora tenha sido um passeio no quesito número de gols ‘’pro’’ Real Madrid de Victor Alves, não dá para dizer que o Manchester City de Júnior Souza não tenha nada de bom e nem vá apresentar algo interessante dentro dos possíveis campeonatos que disputará. O que ví foram dois técnicos bem parecidos na forma de atuar em campo, ou seja, com bola no chão e transições rápidas de ponta a ponta, mas claro, foi um 5 a 2, e muito tem de ser corrigido. A Flórida Cup foi um teste, e naturalmente os dois melhores chegaram até a final. Emocionante diria eu, até o narrador teve que buscar fôlego para tirar esses sete gols do peito, e sem falar da correria absurda.
Bolas na trave, defesas gigantescas e muitas finalizações, e também não poderiam faltar os gols bonitos, e se você não viu, aprecie na transmissão porque não tenho palavras necessárias para descrever tantos gols bem feitos. O City saiu na frente, mas rapidamente o Real Madrid se reergueu e encerrou a primeira etapa vencendo de virada, algo um tanto quanto assustador não fosse o jogo tão ‘’pegado’’ como vimos. Como foi muito bem colocado durante a transmissão, existiram sim picos de intensidade divididos para ambos os lados, a diferença de gols só deixou as coisas ainda mais frenéticas. Dois gols de Bale, bem utilizado num esquema de frente com muita, mas muita velocidade, aquele que é um grande forte do jogador, talvez o maior.
Reações rápidas entre uma babilônia de gols. O que está certo e o que errado, pois bem, é óbvio não acha? Fazer muitos gols é excelente, mas ao mesmo tempo tomar dois por bobeira não favorece em nada, e se enfrentar adversários que jogam fechados ( e você vai enfrentar ) é um tiro no pé. A de se treinar muito a pontaria e fechar a casa num esquema bem sólido, um bom saldo de gols te leva adiante num campeonato. Fica aqui um toque a molecada e para os que nem são tão moleques assim. Enfim, gostei dos estilos dos dois, e não tem terra arrasada, foi uma pré temporada, e coisas acontecem de várias formas, ela serve justamente para que os treinadores ajustem seus times, suas maneiras de jogar e a forma como pretendem planejar um campeonato que se aproxima. Se existe ambição, é preciso treinar e corrigir porque o passeio pode ser valendo, e aí não existirão desculpas.
Mauricio Klippel