Pedro Afonso foi ótimo ontem na tarefa de substituir Henrique Holleben. Renan Stasiak mais uma vez conseguiu um pódio grandioso, derivado do talento evidente, que carrega. Tantos outros pilotos conseguiram se destacar individualmente, não esquecendo de Vini, que consegue passar para a pista tudo aquilo que é acordado pela equipe. Mas George, bom, George foi, e é, ridículo de ótimo! Destaque da corrida disparado, a evolução é tão grande, que tem deixado todos boquiabertos. Se na primeira edição do Professional a Mercedes passou por cima dos vermelhos, agora, o assunto é outro. Com David Cezar no comando, a dupla da Ferrari é absurdamente eficaz. Henrique tem um rival à sua altura, e com a ausência de ontem deixa pelo menos por uma rodada a liderança.
Seria necessário aos Ferraristas fazer a corrida perfeita. E acreditem se quiser, o último lugar de George na classificação causado pela não completude do treino, nem sequer chegou a assustar, muito pelo contrário, em quatro voltas já tinha conquistado inacreditáveis 12 posições. Esta é a força que vemos nesta 2ª edição. Embora a largada tenha sido conturbada até demais, e muitos deixaram suas posições de início cair por terra, praticamente todos conseguiram desempenhar um bom papel. Mas sem dúvida nenhuma, o supra-sumo da prova, passa pelos quatro primeiros.
Prejuízo imenso a Racing Point, que nem sequer consegue score mínimo, Gustavo Silva e Fernando Muniz, fora, ambos com problemas diferentes. A Renault deixa para trás uma boa chance com Tiago Arengue, e Rafael Chaves não sai do 0 a 0, o carro não permite mais do que isso. Tony e Pablo ainda são uma incógnita neste início de temporada, os resultados são muito aquém da capacidade destes pilotos que são vencedores por aqui, sem falar que as Red Bulls não são as Williams, que diga-se de passagem, dão tudo de si, e ao invés de gasolina, são empurrados pela vontade.
Um George Silveira que tem a cara do campeonato, que hoje leva debaixo do capacete uma personalidade bem definida, já não é mais o ansioso de antes, agora, alia de maneira única, sua forma aguda e agressiva de pilotar, a um arrojo digno de quem amadureceu muito, não é de graça que já desbancou muita gente por aí. Não existe estratégia conservadora, e sim andar o máximo que puder, pé no fundo e o básico, que não necessita de calculadora para trocar os pneus. Basta ser superior, é assim que vence. Pedro repassa o volante a Henrique, e da melhor maneira possível. Este mesmo, volta para uma Singapura repleta de pontos travados e que jamais termina. Monza e Spa são uma coisa. Agora, correr em uma pista que a pé é mais vantajoso, é outra história.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: