É preciso tempo

MUNDIAL F1 ORION - ETAPA 07 - GRANDE PRÊMIO DA FRANÇA - SEASON 03

É preciso tempo

Vencer pela primeira vez saindo da 19ª posição é de fato um grande feito. Sinceramente, é um enorme feito. Mas dependendo do caso precisamos analisar e avaliar o caso bem de perto, claro, estamos falando de um campeonato, então, a análise é inevitável para tentarmos entender o que virá.

É lógico que Frank Araújo merece comemorar, aliás, ele deve! Porém, alguns movimentos anteriores à vitória, ou seja, Mônaco e Canadá, não foram nenhum pouco bons, é como se ele fosse literalmente do inferno ao céu da noite para o dia, seu melhor resultado havia sido um 12º lugar na Espanha, prova na qual ele estreou. Depois nada de interessante aconteceu. “Mas Mauricio, ele pilota a Williams no período regular do campeonato” Ok! Mas em 4 provas só duas foram completadas.

Pés no chão, análise crua e honesta. Alguns fatos assustam e são tão alarmantes que se eu escrever o que manda a emoção do piloto nunca mais redijo textos.

Entendam, não estou desmerecendo sua vitória, apenas colocando sobre a mesa os fatos existentes e que refletem diretamente onde ele pretende chegar. A vitória expressiva na França deixou bem claro que ele sabe o que está fazendo, que entende os engenheiros, que conduz seu carro com bastante propriedade e pensa nas estratégias como manda o manual, isso significa estar sempre atento às imprevisibilidades de uma corrida.

Melhor, isso significa que ali existe mesmo um piloto, que está começando sim, mas que é um bom piloto. Só que a ele também não foge a regra da regularidade, seja Williams ou Mercedes.

Frank foi rápido e fez o que somente aquele carro permite fazer. Eu repito o que já cansei de dizer aqui: não basta andar de Mercedes, é preciso entender o que ele pode lhe oferecer para aí sim tirar o melhor durante a corrida. OBS: na Áustria ele vai pilotar novamente a Williams.

Volta após volta ele foi brigando, com Claudio Paulo que acabou sendo prejudicado e andava de Mercedes assim como ele, passando por Rafael Almeida, seu companheiro de equipe que andou tanto quanto e saiu de último para 2º lugar e de alguma forma conseguiu respirar em meio aos resultados passados também muito fracos. Enfim, ele fez o que precisava ser feito, nos mostrou conhecimento de causa, mas precisamos de tempo, porque as coisas caminham de maneira irregular por enquanto.