Não é tão simples quanto parece ver dois treinadores em nível técnico tão similares, mesmo que estejam os dois numa final e que joguem FIFA pelo mesmo tempo. Sempre que fazemos as decisões algum deles sempre está um pouco acima, tanto na parte tática quanto no estilo de movimentar as peças para desenvolver as propostas de jogo. Aqui o que me surpreendeu de modo bom e ruim, foi que ambos jogam do mesmo jeito, com muita velocidade e toques bem triangulados, não notei desespero também principalmente na intenção de bolas longas enfiadas, até os erros são parecidos. O fato é que, conseguiram equilibrar muito bem o jogo, com boas propostas para realmente ir até o caneco com vontade. Ninguém correu da raia e tudo foi decidido no gol de ouro.
De um lado o Olympique de Marseille conduzido por Jorge Silva, de outro o Bordeaux de Júnior Souza, e um título de Copa da França sob expectativa, afinal começamos bem, com gol do Bordeuax logo no comecinho, e isso sempre empolga, é decisão e o outro time precisa vir para cima, e veio. Devolvendo nos contra-ataques, chutando, pressionando e claro, errando também. O Olympique é um time veloz, mas Jorge colocou Balotelli como homem de referência, e a dificuldade na hora de prender a bola foi muita, ele já não é mais o mesmo e é óbvio que reverteria no A.V. também. Importante foi sua reação ao buscar o empate, todos gols de cartilha, com bolas bem postadas pelo chão.
Foi um 2 a 2 no tempo regulamentar muito disputado, com um Bordeaux organizado do meio para a frente de forma exemplar, porém, tapou a cabeça e esqueceu dos pés, a zaga muito a frente sofreu nas jogadas contrárias e dali surgiram os gols adversários. O estilo de jogo espelhado estava nos erros mesmo, a parte defensiva foi o pior dos dois times, acertando um pouco mais no segundo tempo. Com toda a certeza, até sair o gol de ouro eles correriam “mais 100km” até o campeão ser decretado. O gol saiu numa roubada de bola do Olympique, toques rápidos dentro da área e um chute cruzado para estufar os barbantes e dar a taça ao melhor da noite. Foi suado, mas o mais importante é que os dois treinadores foram incríveis e deram a Final um gostinho de emoção.
Mauricio Klippel