MUNDIAL F1 FÊNIX - ETAPA 02 - GRANDE PRÊMIO DO BAHRAIN - SEASON 03
Coisa de gente grande
Os pilotos da Fênix não pilotam, eles empurram pedras. A segunda corrida foi ainda mais dura do que a primeira, e tendo em vista a qualidade do grid eles precisam empurrar uma pedra junto de cada tentativa de ultrapassagem. Estou para ver um elenco tão bom de pista, e, melhor, estou para ver tantos jovens destruindo tanto em corridas. Matheus Leão é um menino, o maior exemplo de alguém de tão pouca idade que fez um 2020 maravilhoso, e começa um 2021 sendo o cabeça da tabela. Vencer duas provas seguidas nesse moedor de carne é um avanço dos melhores para quem quer ser Campeão Mundial.
Lucas Yan, outro jovem. Monstro. Wandaick, mais um a integrar a lista. Léo Mautes, um pouco mais velho, porém ainda longe de ser um veterano na idade. No momento eles são os grandes nomes da Fênix, e todos já carregam nos ombros seus merecidos títulos, e veja só, as coisas são tão difíceis que nem sequer pilotos extraclasse como Kléber Tupeti por exemplo, tem conseguido avançar nas disputas.
O caldo é grosso por lá.
A vitória de Matheus começa na pole position, um indício do quanto ele seria rápido na pista. Da largada em diante a disputa pelo pódio foi constante e totalmente protagonizada por Léo, Lucas, Leão e Wandaick. Um trio na tela formado pelo que havia justamente largando a frente, neste caso sem Wandaick, cruzando em larga escala a pista do Bahrain, entregando um racha ombro a ombro muito digno da categoria mais difícil da Reality.
Quando Leão estabilizou na primeira colocação abrindo bem dos demais numa tocada espetacular, ‘’sobrou’’ aos demais ligeiramente abaixo abrirem suas caixas de ferramentas. Para incrementar, antes disso aconteceu a briga entre Leão e Lucas, sensacional. O que só reafirma que tudo o que acontece na Fênix, principalmente na parte da frente, acontece por um detalhe muito fino. As estratégias precisam ser certas, do contrário você será ultrapassado.
A proximidade deles foi assustadora, muito constante e consistente. Um exemplo foi a caçada aparentemente sem fim entre Lucas e Léo, que logo em seguida ganhou os ares de Wandaick, que consequentemente deixou Lucas parar no quarto lugar, e passou a disputar ensandecidamente a medalha de prata com Mautes. Enquanto isso Matheus Leão pisava firme no acelerador e continuava abrindo.
Chegou a vitória, mais uma, e numa corrida tão desgastante, com tantas feras brigando pela taça, ser o líder do campeonato nessas circunstâncias é um mérito enorme do menino Leão que tem se mostrado tão bom de mentalidade quanto como piloto. Só gente grande na Fênix.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel