Sem Henrique, que é melhor do que os outros inegavelmente, e tem uma capacidade técnica acima, as coisas tendem a ser mais niveladas. Vimos isso na íntegra no decorrer da prova de domingo (10) a grande maioria os pilotos disputando de uma maneira mais concisa, mais forte, com muito mais chances de existirem daqui para a frente, vencedores diferentes. Durante boa parte da prova tivemos três nomes se engalfinhando pela primeira posição, tudo isso com bastante qualidade dentro daquilo que eles podem fazer.
Wagner, William e Daniel, foram estes os tais que fizeram a façanha, que no tremular da bandeira acabou dando a vitória a Wagner, justa, muito justa. Creio eu, que andar com câmera de cockpit não deva ser nada fácil. Ou os treinos que são escassos demais, ou até mesmo, inexistentes. E me refiro a isso para explicar, ou tentar explicar, a quantidade de abandonos, cinco, entre treze pilotos.
Parece-me que, ainda, nesta categoria os pilotos trocarão bastante de posições na gangorra eterna dos bons, e maus resultados. Hora lá no alto, hora lá no chão. Ponto a ser destacado, pois, se ter dificuldades para andar e executar certas coisas é falta de treino, que dirá abandonar com tanta frequência. Se para você é normal, a mim não parece, nem parecerá em vinte anos no futuro. Piloto precisa se manter na pista, fora, fica quem assiste. Este fato não pode vir fazer parte do nivelamento, ele derruba qualquer boa pilotagem.
Não sou piloto, nem gamer, provavelmente nunca serei nem um e nem outro. Mas também nem a maioria será jornalista. 0 a 0. Façamos bem, o que nos dispomos a fazer.
A categoria é muito boa, tem enorme futuro, e é claro que nem sempre existirão pegas do início ao fim e nem em todas as provas. Mas tanto abandono, eu não consigo entender.
No mais, exaltemos com veracidade, os que permaneceram, e que brigaram na medida do possível no circuito Mexicano, que é muito bom, diga-se de passagem. As paradas alternadas entre, Wagner, William e Daniel, foram o charme da corrida, de cima para baixo. Disputando seriamente entre si, buscando posições, e mais, conseguindo-a, mesmo que perdendo na sequência para o rival, via-se empenho e força de vontade para retomá-la. Por bastante tempo, como já mencionei anteriormente, os três dançavam a mesma música. Foi bonito de ver. Até o controle de punições foi parecido.
Equipes, Eagle e SOS, encerraram com praticamente todos na pista, exceto Roldan, da primeira citada, que bateu feio no início e foi dormir mais cedo. Uma pena, porque tem enormes chances de ser destaque por aqui também. Hora do pente fino.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: