Por competência, um pouco de sorte e ironia do destino, Weverton Cunha subiu no pódio por duas vezes até aqui, e é irônico porque havia vencido na China e depois de tanto tempo, retoma o ponto mais alto do pódio na pista de Suzuka, justamente no Japão, ou seja, talvez exista um gosto pelos circuitos orientais. Isso é apenas uma suposição e comparação, não levem a sério.
Agora, o que deve ser levado em consideração, e muito, é o fato de ser segundo colocado no geral, e ter desperdiçado a corrida em Cingapura não somando qualquer ponto, e indo relativamente mal na Rússia, sendo seu rival e líder, Tony, terceiro e sexto, respectivamente. A escolha foi espetacular na hora de arrematar a Mercedes, e o desempenho embora com pequenas falhas ao longo da prova, foi digno de vitória. Os tropeços foram corrigidos no ato, é isso o que importa.
No agregado, aqueles foram pontos que fizeram falta para se manter não só atrás de Tony, mas, próximo também. São quatro provas agora, e 201 pontos de diferença.
Tony não é um “anormal” pilotando, mas, no entanto, é regular, constante, consistente, e todas as palavras que já estou acostumado a usar. Ele não marca bobeira, já marcou, é verdade, mas de maneira rápida e consciente as coisas logo retomaram seu curso natural, que é de andar a frente. São 737 pontos, é uma enxurrada de pontos, muita gordura acumulada e muitas pilotagens excelentes, ou de segurança, como hoje.
Ele sabe, o caneco nunca esteve tão perto.
Já por outro lado, isoladamente nesta prova, acompanhamos uma briga que caracterizo como “rivalidade ocasional”, e que rendeu faíscas até a última volta. Márcio e Tiago são dois pilotos equivalentes, e que ótimo que puderam disputar por uma quarta posição, e não lá no pé do grid. São boas apostas para um ano que vem, assim como muitos outros que já citei nas diversas categorias.
Por falar em China e Japão, quem percorreu uma distância de oceano foi Fernando Schreiber, isso tudo rumo a uma enorme evolução que fica nítida aos nossos olhos mesmo quando comete erros, e são justamente eles, os erros, que se corrigidos podem levá-lo ao patamar dos grandes pilotos da Reality, e isso não é conversa, é um fato. Vejamos a prova de hoje, as corridas de recuperação, os níveis de velocidade nas ultrapassagens e o arrojo, até que me prove o contrário, para mim pode ser um potencial campeão no futuro.
Mauricio Klippel
Classificação:
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Pilotos que não completaram a prova: