Nossa, mas as coisas são estranhas mesmo, não acha? E se ao estranhismo não as cabe, então são no mínimo curiosas. Paulo Felipe que o diga, e como qualquer piloto dedicado que se esforça para dar algo de si num campeonato, a vitória chega da melhor maneira, e na melhor hora, porque o entrega a liderança. A curiosidade fica por parte dos seus rivais imediatos, Raphael Lobo e Ramon Lima, respectivamente 1º e 2º na classificação geral até começar a prova. Ambos muito bem colocados, fazendo ótimas provas e segurando uma pontuação na média para que ninguém pudesse se aproximar, dependia muito mais deles do que dos outros. Quando precisaram mudar o panorama, acreditaram muito mais que os rivais não chegariam do que neles próprios, e falo ‘’neles’’, por conta de a situação ser parecida, enfim, Paulo estava em 3º, nunca foi piloto ‘’meia boca’’ e de prova para prova agora é o líder.
Morreram abraçados em posições abaixo do necessário, foram ponta de grid em algum momento mas erraram e se sacrificaram tentando estratégias sem eficácia, não adiantaria mais, os erros foram cometidos lá no início, e o tempo longo nem é tão longo assim para corrigir certas coisas. Não existe terra arrasada, nem ao menos eles estão fora da briga e Paulo é o melhor piloto do mundo, mas sim, a análise de tabela, consultar quem são os adversários e se tem chances de chegar perto em determinada etapa fizeram a diferença. Seria uma chance e tanto para permanecer a frente e com mais folga, a avaliação pré-prova falhou, e quem errou menos, ou neste caso, não errou nada, venceu. Estes dois são de fato pilotaços, ninguém duvida, mas a chance de permanecer na ponta foi jogada ao vento, e agora um adversário de peso a assumiu, e um tal de Fernando Muniz, que só evoluiu desde que voltou, encostou também.
Falando em Muniz, que bela prova. Saindo de trás, com muitos problemas e ainda assim conseguiu remar até a 2º posição, e foi ‘’remado’’ mesmo, em meio a tanta água que caiu em Silverstone, e fica aqui aquela velha máxima: ‘’Fazer o melhor possível quando estiver guiando um carro de ponta’’. Outros destaques muito positivos foram, Henrique Aires, que menino bom de prova, errou é bem verdade, mas conseguiu corrigir a tempo quando a chuva caiu, e não fossem as punições poderia ter almejado algo maior, aliás, malditas punições não é Ramon? O outro destaque é Diego Ramires, mais um que chegou a assumir a ponta numa primeira parte sensacional, mas quando os patinhos começaram a entrar na lagoa ele colocou pneus de chuva forte, conseguiu passar todo mundo de maneira extraordinária, mas já não se firmava na pista, hora de trocar, volta ao boxes, e tentar a escalada, toda outra vez, 4º lugar, bem merecido. Hoje vi um Paulo Felipe muito inteligente, brigando por fora, errando nada e assumindo com propriedade a liderança e mais, levantando o caneco em Silverstone, de fato, as coisas mudaram por aqui.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: