É bem verdade que não tivemos tanta emoção assim, serei então justo como sempre faço nos comentários e colunas. O fato é que existiam ali dois treinadores bem experientes, com certa bagagem pelo universo do fifa, mas não foi o que vi. Não hoje. Embora a qualidade fosse aparente nos dois estilos de jogo, ao Real Madrid de Marcus Vinicius faltou um pouco mais, um "mais" que até ele sentiu. A predominância do Dortmound começou a ficar clara com o decorrer da partida, e nem precisou demorar tanto para notar que Everton tinha acertado muito mais seu time. Ví um time espanhol mal organizado, sem referências para seguir, uma vez que, Cristiano Ronaldo e Modric eram seus principais homens de acionamento, e assim nem foram vistos.
Para uma final de Champions League ser concretizada com sucesso para um dos lados, não basta apenas timaços, e já estamos carecas de saber que, se você não desenvolve bem em campo aquilo que tem na sua cabeça, os jogadores virtuais não executarão sozinhos. O toque de bola de Everton foi um tanto quanto envolvente, deixando os trabalhos de Marcus bem perdidos no quesito defesa. Era nítida a configuração de jogo no ‘’um - dois’’ e na triangulação feita em frente a área, gols de jogadas trabalhadas. Até que os 2 a 0 construídos pelos amarelos de Everton o deixaram um pouco displicente, recuando a marcação e jogando bem atrás.
Tomou um gol por demérito, por excesso preciosismo. tanto que o gol que sofreu o colocou nos eixos em tempo hábil a reagir. E quando os merengues começaram a reagir com um novo esquema de meio, aí já era tarde e o 3 a 1 foi inevitável, imbuscável. Marcus está muito longe de ser ruim, afinal chegou até aqui, e já mostrou competência em muitas outras oportunidades, apenas não conseguiu encaixar sua melhor visão de jogo. E quanto a Everton, bom, ninguém faz três gols na sorte.
Mauricio Klippel