Foi campeão quem foi efetivo

A rapazeada do FIFA tem me surpreendido, eu confesso. Grandes partidas tem embalado as transmissões por estas bandas, e não a toa vem sendo tão elogiadas pela qualidade de seus jogadores e suas formas modernas de pensar no futebol como uma grande roda que, pode ser reinventada no mundo on-line. Alguns, e quem sabe até mesmo a maioria dos sistemas táticos e técnicos vem sendo implantados na maneira de jogar dos treinadores de FIFA e diga-se de passagem, implantados muito bem. Tudo não passa de um bom e grande reflexo do que são e fazem os treinadores na ‘’vida real’’, e que com grande proeza a galera daqui tem modernizado e encaixado em suas maneiras dinâmicas de jogo. Hoje falo do X-BOX, plataforma que tem mostrado muito em termos de excelência técnica.

O jogo foi pela final da Libertadores, como todos já devem saber, e o confronto um pouco inusitado para os padrões reais: San Lorenzo x Sport. Mas quem foi que disse que ser inusitado às vezes não é bom? O grande problema fica mesmo na falta de licenciamento aos times brasileiros, o que obriga os jogadores a terem nomes fictícios assim como seus perfis. Muito bem, o que de fato me agradou muito nisso tudo foi a postura técnica e tática dos dois times, não houve supremacia além do limite de um time em relação a outro, e era nítido que os dois tinham em campo um estilo de jogo apenas: A posse de bola.

E mesmo com tanta posse ainda conseguiram ser agudos, marcar alto e levar perigo ao adversário muitas vezes. Os goleiros trabalharam de forma muito eficaz, méritos ao bom posicionamento na área, que pode ser automático ou não. Mesmo assim, sendo um time genérico e outro não, as jogadas pelos flancos resultando em cruzamentos também foram utilizadas, mas cabe a ressalva de que Everton Botelho, o técnico do San Lorenzo foi mais esperto, mais inteligente nas execuções, uma vez que fez o primeiro gol totalmente em jogada trabalhada na frente da área. É famoso, ‘’ toca pra mim, não tá mais comigo’’, tudo isso feito muitas vezes no decorrer da partida. Quando Eduardo Oller ajeitou um pouco mais a postura do Sport, já era um pouco tarde, e todos sabemos que posse de bola sem efetividade não adianta nada. Mesmo sendo consistentes no padrão tático ao desempenhar as jogadas de meio, e técnicos nas execuções com poucos erros, os arremates ainda pecaram, e os furos na defesa também, principalmente o Sport, que fechou o caixão ao tomar o segundo gol.

O título já tinha dono naquela altura, mas que fique claro que poderia ter sido de qualquer um. Ótimos treinadores, de muita posse de bola, e com qualidade, mas… venceu quem foi efetivo, porque só vale quando a bola entra.

Mauricio Klippel