Um dos Grandes Prêmios mais incríveis do calendário da F1 sem sombra de dúvidas. Azerbaijão, Baku, pista com retas de altíssima velocidade, muitas curvas e quase nada de áreas de escape, perigo iminente, sinal de muitos abandonos e lugar onde só o foco pode fazer a diferença. Aliás, foco esse que alguém aí tem mostrado ter de sobra, aliado de uma grande competência e visão de corrida. Largou em primeiro, chegou em primeiro. Grandes nomes do PS4 tem ficado um pouco para trás, não por serem pilotos ruins, acontece que Mauro tem andado mais.
O que preciso ressaltar aqui são os abandonos, foram oito, em todos os momentos da prova. Eu reconheço que não é nem de longe uma pista fácil, e aqui fala alguém que analisa desempenho, que não é piloto. Mas justamente vendo pelo lado de fora dá para ter uma noção de como eles se comportam riscando o asfalto. Já tivemos inúmeras provas neste circuito, ele é traiçoeiro, perigoso, e a cautela precisa estar aliada a boa pilotagem, perder pedaços do carro significa sofrer muito para chegar, e principalmente ultrapassar e manter o carro na pista. Perder o controle aqui quer dizer o mesmo que ‘’não voltar mais’’, e Tony Peterson, Ilto Pessoa, José Marcelino, Cauê Brito, Endri Aguiar, Adriano Ramos, Rafael Chaves e Daniel Furini, todos esses abandonaram, e todos muito bons pilotos, alguns melhores que outros é verdade, mas segurar o pé é necessário por aqui, alguns estavam prestes a completar a prova em posições confortáveis, como Cauê e Daniel, infelizmente não há o que fazer, a atenção precisa ser redobrada.
Meu destaque além de Mauro, é claro, vai para o Fayol Aguiar, que tem se mostrado cada vez mais constante e buscando espaço entre os pelotões de frente, ele tem capacidade de fazer muito, tem grande conhecimento mas o FOCO não estava mais presente, parece ter retomado uma boa fase, e ter chegado em quinto me deixou feliz, é mais um grande piloto que começa a levantar e não desiste, grandes pegas essa noite ! Mas Mauro é o grande ‘’X’’ da questão, como quem não queria nada ele chega para vencer a terceira prova seguida, com uma concentração e um poder de reação excelentes. Já citei duzentas vezes a palavra foco por aqui, mas acontece que no Azerbaijão ele é mais importante que o capacete do piloto. Ele manteve o carro inteiro, errou quase nada, respirou fundo ( com certeza respirou ) e ergueu mais um caneco, isso por aqui não é fácil, piscou, bateu!
Quer a prova? LARGOU EM PRIMEIRO, CHEGOU EM PRIMEIRO.
Mauricio Klippel