Um gosto diferente

MUNDIAL F1 PEGASUS - ETAPA 15 - GRANDE PRÊMIO DA RÚSSIA - SEASON 03

Um gosto diferente

Beirando o seu final, o Mundial da categoria Pegasus ainda tem muito o que tirar de Alan Daniel e Tiago Luz, ambos são protagonistas e antagonistas do mesmo campeonato, disputam o título entre si, e um título que pelo que tem andado só pode mesmo ser de um dos dois. Por mais que exista um esforço além do comum para Tássio, Victor, Fayol e etc, a taça dificilmente (e sendo bem otimista), cairá em outras mãos. As explicações acabam por se repetirem aqui, mas em todas as categorias que disputam só Alan faz frente a Tiago e vice-versa. A técnica de Alan é apurada num nível refinado que ele aprendeu a ver e executar com muita facilidade o que pode fazer na pista em muito pouco tempo de ação, da mesma forma, Tiago.

No pequeno espaço para agir, Alan venceu brilhantemente pela 6ª vez.

Ou seja, os erros não são coisas do além, eles sabem onde o sapato apertou e da mesma forma os acertos não são golpes de sorte. Independentemente das palavras que use, tudo isso se sintetiza no Grande Prêmio da Rússia.

O treinamento é a chave que tranca os “prodígios” no quarto escuro. O planejamento dos dois é material para uma cartilha, e mais uma vez tanto um quanto o outro fizeram uma corrida excepcional, e desta vez na Rússia, brigaram setor a setor do começo ao fim da prova sem qualquer tipo de fantasia. Tiago procurava um oponente do mesmo nível que o seu, isso sim é espírito de competitividade, querer ser campeão disputando com um piloto de mesmo estofo. Não que erguer a taça com 5 rodadas de antecedência não tenha méritos, mas quando há um adversário disposto a tirar essa taça, vencer se torna melhor.

Alan é esse cara para Tiago. Tiago se tornou esse cara para Alan.

Num amontoado de carros de segurança surgiram as possibilidades, os pensamentos rápidos, de onde vieram para Alan o estalo de atrasar Tiago e fazê-lo voltar dos boxes com um carro entre os dois, neste caso era o de Léo Fera que retardou a construção de Luz ao longo da parte final da corrida. Tiago também não deveria ter saído de compostos vermelhos na primeira parada, e nem era essa sua ideia, o jogo acabou interpretando errado (se é que existe capacidade de interpretação) e o devolveu para pista sem os amarelos, o que seria mais óbvio na disputa com Alan principalmente pensando em tempo na pista num ritmo forte sem parar precocemente. Mesmo assim, Tiago ainda foi 3º e se mantém na liderança.

A solidez de Alan lhe deu mais uma vitória, por entre os detalhes dos pequenos erros e um desempenho gigantesco que lhe deixa no rastro fresco de Tiago.

Há um gosto diferente nessa disputa, e até dezembro a coisa só tende a melhorar.