Sua primeira edição aconteceu no ano de 2014, e mesmo sendo tão nova em comparação a outros circuitos consagrados na F1, a pista de SOCCHI é traiçoeira, tomada por belos pontos de ultrapassagem e curvas a todo momento, que fazem lembrar uma montanha russa, diga-se de passagem, são cinquenta e três voltas muito bem resolvidas e que exigem dos pilotos muita técnica e principalmente, paciência e boas estratégias.
Havia de início uma empolgação muito grande por parte dos pilotos para a execução do GP, muitos eram os motivos, e um dos principais era desbancar as duas vitorias conquistadas por Francisco Ericsson, ou seja, deixar de lado a hegemonia de um belo piloto. Eu mesmo encarei a corrida como um desafio gigantesco a eles, pois a preparação e o nervosismo sempre estão presentes. Uma surpresa chegou de última hora: Francisco não iria correr, pois bem, a hora chegou, era o momento de crescimento de alguns pilotos que brigam no primeiro pelotão. Chegou e veio tomada de erros e acertos, muito maiores foram os erros, infelizmente. O que quero dizer com tudo isso?, cadê a corrida Mauricio?, calma, eu chegarei lá. Primeiro, a empolgação não deve ser maior do que a concentração, ótimos pilotos estão perdendo a mão por conta da ansiedade em largar na frente e ultrapassar logo, e dessa forma esquecem que observar a corrida na parte de trás pode lhe dar uma vantagem, as coisas no território virtual acontecem de forma muito rápida, e as trocas de posições são constantes, então uma dica: mais vale largar mal e não perder o carro, do que o enfiar moda louco num espaço de agulha e praticamente morar nos boxes.
Sempre ressaltei que a dupla da SAUBER é muito boa, e com a pole de Fernando, deu para analisar seu desempenho, que não o desmerece, mas o enfraquece, por conta de algumas atitudes, o rapaz anda muito!, briga sempre, e coloca o carro nas cabeças, a evolução é nítida mas também empurra de maneira a não pensar no depois, como por exemplo entregar a corrida por conta de uma parada extra que deixou este que vos escreve de cabelos em pé. Me pareceu nervoso muitas vezes, e deixou seu ritmo escapar junto com seus pneus ultra macios, muitas paradas na Rússia não são a melhor escolha. Excelente piloto, ele aprenderá. E seu parceiro Vinicius?, bom, que cara chato de segurar! levou o carro ao limite, e deu um sufoco na galera, mostrando que a SAUBER está muito bem representada.
As brigas por posição foram tantas que nem consegui contar, inclusive os abandonos. Gente rodando, pneus se tocando tudo isso faz parte do espetáculo, mas tantas punições não, de forma alguma, não é mesmo Henrique?, que bela corrida este rapaz fez, junto com Fernando e Alex puxaram o primeiro pelotão com ímpeto, mas... a ansiedade o fez tomar nove punições, nove!!, isso é inadmissível, e lhe custou a corrida, cruzou a linha, mas entregou o troféu a Alex, que fez o dever direitinho, analisou, empurrou o que deu, esperou e no final da contagem levou o ouro. Analisem a grande quantidade de punições, não pode e não deve ser recorrente, eu já ressaltei antes, treinem, quem treina repete, quem repete gera um habito, que gera conhecimento.
Neste caso a competência vestiu o casaco da sorte, e o azar passou frio querendo vestir os dois.
Mauricio Klippel
1 Comentário
Realmente o Grande Prêmio de Sochi é um bebê comparada a outras pistas, mais acredito que venho pra ficar por muitos anos, e tomará que sim! A corrida foi marcada por muitas punições, a pista mesmo induz o piloto ao erro, o senso de realidade do jogo F1 2017 é tão grande que tinha uma curva que o sol batia na cara, somente com muito treino para fazer ela de olho fechado ou tapado de raios solares hahahaha. Acredito que Austrália esse número de punições vai cair pra mais da metade.
Parabéns Alex o campeão, Henrique que andou no limite, Vinicius que surpreendeu, aos que concluíram esse GP frenético, e a galera que não concluiu mais que mantém o espirito esportivo vivo a cada prova!
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