Nunca uma expressão fez tanto sentido em um título de coluna. Lucas Yan obteve literalmente o controle da situação nas mãos, largou na Pole Position, dominou o diabo vermelho de 2004 e ganhou tudo o que podia de Realetes num mesmo dia de competição. E tudo isso no joystick! Agora você me entende não é? E como sempre nem tudo são flores, uma tensão se estabeleceu no ar durante toda a prova, que teve um tiro curtíssimo de 25%, era matar ou morrer, e alguns ‘’morreram’’ já no início com um strike no meio do pelotão. Muitos ficaram sem bico e acabaram deixando a frustração e irritação transparecer. Era só o início de uma corrida curta o suficiente para deixar a poderosa Ferrari nervosa.
Os clássicos são sensacionais, mas não se engane, pilotá-los não é tão simples quanto parece. Tudo muda muito de uma versão para outra, seja na parte aerodinâmica quanto na de potência e as configurações no geral. No F1 2017 pilotar essa Ferrari era quase impossível, nota-se um melhora, mas ainda não chegou um grande nível. E entre as faltas de treinos e pouco conhecimento dos carros, destacam-se os melhores, os que realmente dedicam alguns minutos para sentir os carros, como o vencedor de ponta a ponta Lucas Yan, que encontrou o ponto certo de equilíbrio e não deixou que nada o fizesse perder a chance de mais um pódio e com a Ferrari pela segunda vez.
Os ânimos ficaram um pouco exaltados devido a agressividade imposta em certa altura da competição, muitos foram atrapalhados involuntariamente e com isso aqueles que optam por uma postura mais ofensiva chegaram mais a frente, como Fábio Quadrado que em mais uma corrida se mantém firme forte nas investidas . Pódio para ele e muita pressão! Rafinha que não tem lá muita paciência fez uma briga grandiosa com Ramon, vários toques e pneus queimados, desta vez ele segurou na hora certa, haja freio para tudo isso. Um destaque especial e com méritos vai para Maycon Santos, que não tem andado tão bem nos clássicos quanto anda nos modernos, mas hoje foi diferente, um 6º lugar de Braw e um 2º de Ferrari, ou seja, ele conheceu o carro na durante o GP, não é o correto, mas merece pela ótima performance.
Dificilmente vemos Rodrigo Trindade chateado, mas no fim das contas ter o rendimento atrapalhado lhe rendeu uma amarga 7º posição, acontece, tem todo o direito de reclamar, mas cada um tem seu estilo de pilotagem e ninguém é desleal, não nesta Liga. Mas por hora, o homem do ‘’controle’’ é Lucas Yan.
Mauricio Klippel
Qualificação (posições e carros decididos através do XP Cards):
FERRARI 2004 - 50%
HERBERT SANTANA NÃO FOI SORTEADO - AVISOU QUE NÃO COMPARECERIA.
Resultado:
Pilotos que não completaram: