MUNDIAL FÊNIX FÓRMULA 1 - SEASON 02 - ETAPA 20 - GP DO BRASIL - INTERLAGOS
Só acaba quando termina…
Nada de Campeão antecipado, no Brasil, nada de comemoração de George, embora estivesse muito, mais muito perto desse feito. A história em Interlagos tem aqueles ares de tensão e altíssimo nível, que afinal de contas é o grande pilar da categoria Fênix. Impressionante a qualidade e visão desses pilotos, que nos mostraram mais uma vez que, enquanto houver um sopro, eles estarão brigando.
George poderá erguer a taça em Abu Dhabi, porém, seu rival é tão pesado que incrivelmente faz uma frente igualitária ao maior piloto da Reality, que na minha opinião, é o próprio George. Se sobra de um lado, sobra também do outro. Se a estratégia é bem executada de um lado, é da mesma forma do outro. Nesse espelhamento, Matheus Leão está voltado para as chances reais que tem de tirar o título de Silveira.
Ambos de Mercedes. George precisaria vencer. Leão não poderia marcar pontos. Nem um, nem outro. Silveira foi 3º pelas punições, e Matheus o grande vencedor controlando cada movimento do rival como se estivesse andando sobre ovos. Sem cometer deslizes.
A prova foi uma caçada, o tempo inteiro, volta a volta, Matheus versus George, e George versus Matheus. Com a sombra gigantesca das Red Bulls de Kleber e Léo logo atrás. Lindo de ver 4 pilotos de nível tão alto andando tão próximos praticamente de ponta a ponta, principalmente numa prova onde quem permaneceu, foi muito bem.
A opção de George em colocar vermelho enquanto Matheus estava de amarelo deixou claro a estratégia de grudar no asfalto e passar o quanto antes, abrir vantagem e não ser mais visto, mas acontece que a tal ultrapassagem foi completamente barrada por Matheus, em defesas maravilhosas, o que não é fácil quando se tem "um George no retrovisor".
Com uma tocada agressiva e um desgaste iminente dos compostos vermelhos, a execução de Silveira teria de ser o mais rápido possível, e aconteceu no limite, na insistência, isso na volta 45. Ou seja, 15 voltas sendo impedido brilhantemente por Matheus.
A virada de jogo acontece no Safety Car, bom, quando se tem um grid de altíssimo padrão como este da Fênix, e todos os carros se emparelham novamente, e neste caso, com pneus iguais, aí é como se uma nova corrida começasse. Salvador para uns, encrenca para outros. Assim funciona o carro de segurança.
O pequeno pelotão com Léo, Kléber, Leão e George permaneceu. Léo, sendo da mesma equipe de Matheus o deixa passar, óbvio, ele briga pelo título e precisava se manter colado em George, mesmo que naquela altura os 4 estivessem assim. A posição de chegada era o trunfo, a diminuição da vantagem.
E foi assim mesmo. Com toda inteligência e leitura de corrida que tem, Leão se manteve o mais próximo de George que conseguiu, isso sabendo que não conseguiria passá-lo. Mas como você e eu sabemos, ele não precisaria. As punições de Silveira decretaram a vitória do menino Matheus, jogaram Tupeti para 2º e George para 3º.
Corrida de gente grande.
Como esperávamos, a decisão foi para Abu Dhabi, com a vantagem de George, porém com Matheus no encalço, como uma sombra e totalmente disposto a fazer história sobre o melhor piloto da casa.
Só acaba quando termina.
Resultado:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel