As coisas estão ficando complicadas para quem vem atrás de Tony. Vencer em sequência é um problemão para quem ainda busca aproximação e quem sabe passá-lo em qualquer uma das provas para assim assumir a ponta da classificação. E pior, ver que a fase só melhora assusta quem briga por título. De qualquer forma ainda existem chances, é óbvio, mas agora elas tendem a ficar mais nubladas, e Tony deixa a nuvem cada vez mais para trás com atuações irreparáveis que chegam ao natural. É assim mesmo quando tudo se encaixa, o universo parece conspirar a favor, estratégias bem montadas, tempo certo de passada, e mesmo com os adversários largando na frente o rumo não muda, os caras da ponta não a sustentam, erram em demasia e uma bandeja com a faca e o queijo é servida para Tony, ele que não é bobo, aproveita, destrói nas atuações e se mantém cada vez mais firme.
Amigos, já são 86 pontos de diferença entre ele, e Weverton, que vem numa crescente absurda e ainda assim parece não conseguir se aproximar do líder. Diante de fatos esporádicos, como a largada queimada por Wesley Moreno neste último GP na Hungria, as portas da esperança ficaram escancaradas, e pilotos rápidos não podem largar bem, se não já era, e além de ser rápido, errar pouco, fica impossível de segurar. Uma vitória ao natural de Peterson, nada além do que já vinha fazendo, o moral aumenta, e de forma alguma ele vai querer deixar o trono. A evolução de Weverton Cunha é meteórica, isso pela rapidez que conseguiu se afirmar a frente, passou 99% do grid na tabela geral e provavelmente não errará mais, a não ser por algo fortuito ou de força maior.
Isso acontece também com Fernando, que de uma forma muito convincente subiu no grid, deixou de errar e ainda tem enormes chances de brigar por posições mais altas até o final do campeonato. Não pode aproximar-se de Tony, ficou difícil mesmo para ele, mas a 2ª posição ficou de muito bom tamanho por estar conseguindo corrida após corrida evoluir a passos largos. De meio do pelotão, a piloto de respeito. Bom, muito bom, excelente, na verdade!
Entre João, Márcio, Gabriel e Anderson, um mar de disputas. Todas elas ótimas de se ver, ou melhor, todas elas com propósito. Hora víamos os quatro, hora três, depois em dupla, o fato é que não abriram mão de suas posições, não deixaram de brigar por elas da melhor maneira possível: no talento. Entre os quatro, João foi quem mais teve destaque, passou a prova inteira numa gangorra, lutando no melhor estilo “zagueiro e centroavante”, apanhando muito e ainda assim marcando o gol, que foi chegar na 6º posição.
Alcançar Tony está difícil, a naturalidade em vencer acontece por conta do encaixe, da fase ótima, mas será que Weverton e Fernando ainda tem gás para tanto?
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: