MUNDIAL ORION FÓRMULA 1 - SEASON 02 - ETAPA 14 - GP DA ITÁLIA - MONZA
Ricardo Vargas abafa os favoritos
Monza tinha tudo para ser a prova que alavancaria Weverton na liderança, ou daria a Tiago Luz mais alguns degraus importantes na batalha pelo título. Ambos têm praticado desempenhos excelentes e são disparadamente os favoritos a ganhar a categoria.
Tudo, claro, se deve a evolução primorosa dos pilotos, principalmente a de Tiago, que deixou de brigar consigo mesmo, para brigar por coisas muito maiores.
Mas, o "tinha tudo para ser…", não foi, e mesmo com performances incríveis dos dois, os pequenos erros que parecem fazer parte da vida de um piloto virtual agindo como uma sanguessuga e um Ricardo Vargas inteligente em quantia, jogaram uma enorme pá de cal nos louros de ambos.
Os pequenos erros passam exclusivamente pela ansiedade, é nítido, e é típico. Todo o contexto gera desconforto ao mesmo tempo que gera confiança, e misturar os dois não é bom negócio. Tiago fez a pole, aparentemente jogaria a responsabilidade nas costas de Werton, o obrigando a não perder o vagão. Largada queimada, drive thru, e o principal: tempo jogado no lixo.
Weverton foi sim, muito bem outra vez, ele tem um costume de acertar as estratégias e executá-las muito bem conforme pensa. Erros? Punições. Ganha daqui, perde de lá, tenho, já não tenho. É uma gangorra infinita.
O pulo do gato veio de Ricardo, que geralmente come quieto, observa as oportunidades e sabe do seu lugar na pista. O que importa para ele é somar pontos, que sempre são importantes, quando as portas se abrem, na maioria das vezes se mostra bem preparado.
Ele engatou em Tiago e Weverton, colou, não deixou que abrissem vantagem sobre si, foi rápido o tempo todo, inclusive, ajustando suas estratégias ao longo da prova, e digo isso porque mesmo quando não pode ficar a frente e nem venceu Weverton no braço, foi tão rápido quanto, e impecável nas execuções.
O resultado, bom, zero punições. A visão de prova foi fundamental para que sua estratégia funcionasse. Enquanto Tiago torcia para o carro ganhar asas, Weverton procurava o botão "foguete" no volante. Suas punições foram exageradas, sim, exageradas. Eles brigam por título e no nível em que se encontram perder provas por punições e inadmissível.
Ricardo foi perfeito em Monza: rápido o tempo todo, pensou nas estratégias da maneira mais rápida possível, mudou quando não as favoreceram, soube ler a prova dos seus adversários, e foi cauteloso ao não tomar punições, enfim, abraçou todas as oportunidades perfeitamente bem.
A prova foi intensa, e muito boa, principalmente vindo dos três primeiros. Eles foram grandes a corrida inteira, disputaram entre si maravilhosamente, afinal, são ótimos pilotos, evoluíram uma barbaridade, ninguém é capaz de negar.
No fim das contas, foi Ricardo quem viu seu carro criar asas e quem encontrou o botão ‘’foguete’’. Duas posições ganhas e um 1º lugar de respeito.
RESULTADO:
PILOTO DESTAQUE:
PILOTO DA CORRIDA:
PILOTOS QUE NÃO COMPLETARAM A PROVA:
Por Mauricio Klippel