MUNDIAL F1 PROFESSIONAL FÊNIX - ETAPA 18 - GRANDE PRÊMIO DO MÉXICO - SEASON 02
Ressoa o rugido do Leão!
O campeonato ainda não acabou, mas o título já tem um dono, e é aquele que a maioria esperava mesmo com possibilidades ainda em aberto para Victor Roldan dar o pulo do gato. Não foi desta vez que aconteceu, e quem levanta a taça é o menino prodígio Matheus Leão, o piloto que foi praticamente dono do campeonato, que foi um dos grandes responsáveis por fazer a Fênix permanecer no mais alto nível de pilotagem e colocou todos os seus adversários diretos, e indiretos à prova, do tipo que deixa a pulga atrás da orelha sobre o que é possível fazer quando se une em totalidade talento e muita dedicação.
15 anos de vida e um dos pilotos mais incríveis que já vi passar por aqui. E isso não se reflete só nas pistas, o menino é focado demais e sua seriedade me deixa espantado cada vez que fala, a sua coesão e inteligência são admiráveis, não que uma pessoa tão nova não possa ser inteligente e segura assim, mas num nível alto como o dele, é algo que esperamos de alguém com mais rodagem. Para mim, o nome disso é criação.
Matheus nos mostrou que é um piloto completo, e que nada supera a vontade de dar o melhor de si, claro, seu talento é enorme e ele encaixou isso em pilotagens absurdas, inclusive soando como uma espécie de agradecimento a Golmar pelo convite de estar num campeonato que ele gostaria muito de fazer parte. Leão não fez feio em momento algum, pelo contrário, ele foi exemplo, obrigou nomes gigantes e Campeões como Victor Roldan e Léo Mautes suar sangue e elevar seus próprios níveis para conseguir algo a mais. Pela primeira vez eu vi um Leo incomodado consigo mesmo, um Roldan tentando fazer de tudo para o coelho sair da cartola, vencendo num dia e vendo seu adversário ser muito melhor que ele em outras tantas oportunidades em sequência, as estratégias de equipe foram de tirar o chapéu de tão bem feitas, mas a Mercedes ainda assim teve tropeços, num momento em que Matheus não conheceu essa palavra.
Matheus tem uma grande parcela de ajuda também ao seu próprio companheiro, Arthur Isaac, que surpreendentemente cresceu em três provas o que não havia crescido em todo o Professional. Arthur teve muitos problemas, os questionamentos certamente bateram em sua cabeça e o fato de não estar entregando muito certamente lhe afetou pela pressão. No México, Arthur fez sua melhor prova incontestavelmente, foi maravilhoso o que desempenhou na pista, revivendo junto de Leo e Roldan momentos áureos da Reality, sendo um escudeiro de requinte brigando sozinho por posição com as duas Mercedes ao mesmo tempo, e isso foi formidável, foi digno de palmas. Para mim, soou como um aviso: eu também posso ser mais.
A prova como um todo no circuito mexicano foi incrível, mas não podemos sair do título, não podemos nos perder fora das paradas de Leão, das trocas insanas das Mercedes, da condução magistral do menino que o fez abrir uma eternidade em dado momento da corrida, sua firmesa e frieza, sua leitura de prova quase que sem erros, a competência enorme de Isaac ao se colocar ali como um piloto de grande porte, e claro, a dupla Leo e Roldan, que são dois caras incríveis, como pessoas e claro, como pilotos. Esses caras colocaram tudo no devido lugar, e a cereja do bolo é o título antecipado de Matheus, impecável da troca de pneus até a linha de chegada. Eu me privei de não entrar em detalhes da prova, isso vocês devem apreciar com a emoção do Fábio sentados a frente da tela. Aí sim, o rugido do Leão vai chegar com força.
Parabéns Matheus, espero te ver cada vez mais forte.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel