Bem, é mais um GP de Mônaco. Emoções fortes rodeiam o circuito que só não é um cemitério de carros de F1, porque é luxuoso demais para tal. A quantidade de abandonos impressiona, e na maioria das vezes nem é por imperícia do piloto, mas sim pelo fato de ter que andar no limite do traçado o tempo todo, isso causa fadiga, e nesta pista se piscar, você já era. Apenas oito cruzaram a linha hoje. Grandes acontecimentos rodearam a categoria, a começar pela chuva, que chega num temporal. Pneus azuis para muita água e pilotos surpresos pelo clima, outro fator que redobra a cautela adotada na hora de largar, felizmente todos estavam espertos. Mesmo que alguns não gostem da pista, todos conhecem sua fama. Eu conheço também a fama dos competidores, sei como cada um se comporta, e por isso mesmo antes de começar coloquei Diego Ramirez que largaria em 2° de McLaren e Eraldo em 12º de Mercedes, ambos absurdamente competitivos e competentes. Se pararmos para pensar suas posições e seus carros eram equivalentes num olhar geral bem a grosso modo.
A alegria citada é a de Paulo Felipe, cara boa praça e piloto muito constante. Ele não é um destruidor de tempo, porém é um bom observador dentro da pista, e seu estilo pensante o deu a vitória numa hora ótima no quesito campeonato. Tirando Eraldo, todos os demais favoritos incluindo Diego e Thales Carvalho deram adeus, o primeiro liderou por muito tempo, e o segundo foi genial de Williams até passar a barreira do aceitável na hora de segurar as Mercedes em briga direta. Tudo isso foi um abraço para Paulo, que tratou de segurar Eraldo até o limite do limite, abriu por um bom tempo na casa dos 8 segundos, mas os dois tinham pneus vermelhos com o mesmo número de voltas, parar? Não, seria decidido no braço mesmo e com um trabalho de equipe impecável da Haaspoint.
Os lamentos são do piloto da Mercedes, Rhapysoddy buscou uma recuperação, e também Paulo Felipe, com asa quebrada e tudo ele poderia ter vencido, passou o colega da Haas lindamente depois de garimpar o tempo, mas a tristeza vem a galope com as punições, que foram muitas, e já é a segunda prova que deixa de vencer por conta das mesmas. Ele sabe que precisa melhorar, pode ser por dirigir no teclado? Quem sabe, mas o cansaço também pegou, desgaste e uma frustração sem tamanho. Sabe a asa de Eraldo?, Ela foi tirada por Fernando Muniz, que gentilmente pede desculpas, e recebe o selinho de ‘’a minha melhor corrida até aqui’’. Também de Mercedes, observei um piloto diferente, que sabia que poderia fazer muito dentro daquele carro, e foi o que fez desde a largada. Sangue nos olhos e uma postura de lutador. Ele tira inacreditáveis 31 segundos de Eraldo, sem asa, é verdade, mas em pouquíssimas voltas, setor a setor, e quando as duas últimas voltas chegam, a conexão cai, se bateu desespero em mim, imagine só, nele. Passou em primeiro lugar pela falta de sincronia, mas foi um senhor 3º pelo espetáculo de prova que fez. Resumindo e sem confusões, foi uma grande prova com um grande pódio. Paulo Felipe, Eraldo e Fernando.
Mauricio Klippel
Carros adquiridos através do sistema XP CARDS.
Classificação:
GERSON BOLHA, RAILTON MELO E MATHEUS BONOTTE NÃO PARTICIPARAM DA PROVA.
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: