Apagaram-se as luzes da segunda etapa do Professional, e infelizmente os pilotos mais cobrados não puderam ver a luz, nem sequer sentir como ela é. Luz, que aqui significa desafogo, tranquilidade. Esperava-se uma Ferrari agressiva, com força total, isso em virtude da terrível primeira etapa, e a bem da verdade tivemos este vislumbre, mas não mais que isso, e por hora a escuridão ainda permeia o lado vermelho. Tanto Daniel, quanto Herbert, precisavam aparecer em Silverstone com as forças renovadas, dispostos a fazer lá, o que não se consolidou na Áustria, e não duvido nenhum pouquinho de que a vontade era exatamente essa. Chegar perto das Mercedes era uma obrigação para a equipe de William Alvares, com tudo, Daniel é quem consegue manter um ritmo interessante, mas ainda bem atrás de Henrique, aliás, Herbert levou o carro até uma enorme parte da prova, até que mais uma batida o tira da prova. Fim da linha, e mais uma corrida sem pontuar para a conta do Time Killer.
As coisas não estão boas a nível de campeonato, só Daniel não pode segurar, e Herbert não parece ser o mesmo no Professional, algo o afeta. A forma protocolar da Mercedes é algo espantoso, Henrique destruiu qualquer possibilidade de outro ser Pole, e ainda mais de haver outro vencedor, tudo está muito bem encaixado e os dois, tanto ele, quanto Yuri, estão em sintonia. Weverton Cunha agradece os ensinamentos do mais experiente ao mais jovem, que mesmo não brigando por pódio, se mantém fazendo ótimos pontos, mostra maturidade e cabeça no lugar. Falem o que quiserem, mas a Mercedes já tem uma superioridade que será quase impossível de bater. Era assim que Weverton pensava em agir para sua principal equipe. Amadurecimento e ofensividade, ponto.
Tivemos uma pequena troca de cadeiras, não definitivas, mas para esta etapa. A Renault teve Paulus no lugar de Chaves e a Willims, Schreiber no de Tony. Não houveram grandes mudanças, mas Leo, foi mais uma vez o escalador de posições que não desiste, a sua amarelinha ‘’meia boca’’ foi ao pódio com muito esmero. Enquanto uns não pontuam, ele segue firme guiando aqueles que estão longe de ser carros competitivos. Yan William agradece pela forma com que seus pilotos têm se entregado em pista, isso faz a diferença, na verdade, uma enorme diferença. Esta forma protocolar foi vista a corrida inteira, nada de absurdos, nada de mágicas e enfeites. Fizeram o que podiam, da maneira que lhes coube, alguns até ousaram, e quem não teve fôlego parou para respirar, caso das Red Bulls. Ofensividade para quem do poder dispõe, sem erros e uma vitória clara como o dia. As Ferraris também seguem um protocolo: o de não vencer.
Mauricio Klippel
Classificação:
TONY PETERSON E RAFAEL CHAVES NÃO PARTICIPARAM DA PROVA.
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: