A etapa dos clássicos é sem dúvidas uma das mais esperadas da liga, com classificação mais rápida e apenas metade das voltas disputadas, claro, pilotando uma das naves que fizeram história na F1, ela tem um sabor especial. É dia aproveitar. Mas a seriedade aqui nunca é deixada de lado, e as brigas são até mais acirradas do que no tradicional. Ontem foi a vez do MP4/6 a McLaren que levou Senna até seu último título em 1991, o que para muitos é tido como o melhor carro até hoje, e também o mais bonito. Um tigre com motor V12.
Era preciso ter cuidado, Montreal não é o circuito mais fácil, o famoso ''muro dos campeões'' assusta e tudo é bem estreito. Porém mais um vez eles foram além das dificuldades, guiaram muito e levaram até o final. Rodrigo Trindade vinha ganhando tudo, e é sim um belo de um piloto, já chegou como favorito, e o menino Rafinha com uma evolução enorme prometia brigas de tirar o fôlego, mas... um certo gaiato, mais um jovem que não estava de brincadeira nos deixou de queixo caído, Mateus Bonote, cravou uma pole absurda sobre os veteranos e colocou a corrida no bolso. Tirou volta mais rápida (com o perdão da redundância) a cada volta, desempenho de gente grande, parecia ter anos de experiência e nem sequer deixou que alguém se aproximasse dele.
Logo por ali vinha Rodrigo, que largou muito mal e teve que recuperar tudo, veio remando da 7° posição, abraçando um por um e mostrando que nem só de vitórias vive um bom piloto, quando o sapato aperta é preciso se virar também. E olha, foi preciso lutar muito para pegar o bronze, porque a prata foi do Rafinha que deu uma aula de defesa para cima do ultimo vencedor. Protagonizaram um dos pegas mais bonitos e encorpados de todas as categorias sem sombra de dúvidas, e que ótimo que o menino esteja pilotando assim, nos deixa feliz sua compenetração e evolução, é um ótimo piloto e tem sido muito constante, isso é o principal.
Será que Matheus veio para ficar?, que de fato não foi um ponto fora da curva e tem sim um grande futuro?, bem, não existem dúvidas de que ele pilota muito bem, mas por aqui não é o suficiente, é preciso treinar, ser inteligente tendo em mente que nem ´so as vitórias importam. A palavra chave é : REGULARIDADE..
Mauricio Klippel