Sem muitos esforços a Henrique Holleben vence. Abusa da boa forma na pista e não dá sequer ares de quem vai deixar o campeonato escapar. Parece uma tarefa bem difícil aos demais. Nada de surpresas negativas, além do mais, Yuri é um ponto a se destacar, mesmo não brigando por vitória, ele pontua, briga bem e deixa seu chefe tranquilo. No mais, a Ferrari coça a cabeça, Daniel faz boa prova mas se vê ilhado, Herbert não pontua outra vez e põe em cheque seu nível de pilotagem. Os vermelhos deram adeus?
Leo Mautes não cansa de ser destaque, e continua escalando o grid, posição por posição. A escolha de Yan William é acertada, é por ali mesmo que as coisas acontecem. Rafael Chaves não correu, e Paulus assumiu, não mudaram muitas coisas, o que muda, no entanto é a pequena escalada da Renault. Douglas surpreende pelo abandono, fica naquele meio ingrato onde se marcam pouquíssimos pontos, coube a Ildeu dar um ‘’up’’ a Haas de André Sampaio com seu 5º lugar. O contrário, isso, a Red Bull não foi a mesma, e nem de longe repetiram a atuação da primeira etapa, Arengue e André não atingiram a meta esperada e dão assim um pequeno passo para trás. Hora de rever a estratégia, Thiago Mambretti.
Roberto Rocha conseguiu ser um pouco de Roberto Rocha, e de Force India foi até a 4º posição. Coisas assim são as que esperamos dele. Roldan fica na média e mantém a equipe dentro daquilo que deve ser feito, e diga-se de passagem que a dupla da Force, é muito boa. Na verdade, todos os pilotos deste grupo são excelentes, são constantes, e se tivessem carros melhores, fariam coisas melhores. A McLaren tem duas jóias, que estão sendo equivalentes no campeonato, David deve sim, ficar contente, porque é leite de pedra o que acontece por aqui. Fayol é um ótimo gestor, sabe lidar bem com seus pilotos, tanto Kleber, quanto Samuca brigam o tempo todo, claro, algumas coisas não ajudam muito, como a melhor fase dos demais e os carros bons, e mesmo assim o desafio vem sendo cumprido. Aprecio quem não desiste.
Tony se safou desta, deixou a bronca com Alex, que tenta fazer o que pode com seu maravilhoso carro azul e branco. Triste, para não dizer, trágico. Infelizmente existem monopostos tão ruins, que devem desanimar donos e pilotos, isso sabendo da qualidade dos demais. Fernando foi parceiro de Alex, a Williams tem pilotos de muito peso, mas nem eles podem tirar esta cegonha do atoleiro, pelo menos a postura de Wesley como dono é exemplar, e isso faz toda a diferença, mesmo aos trancos e barrancos ele sabe, a culpa não é dos pilotos. Gregório foi o destaque do grupo com a 12º posição de Toro Rosso, e seu parceiro João, 16º, nós sabemos que Verton também é dono da Toro, mas aí vai muito além, é preciso ser firme para chegar bem, até o final, é mais um caso de bons pilotos com carros ruins. Não dá para todos andarem na frente.
Mauricio Klippel