MUNDIAL F1 PROFESSIONAL ORION - ETAPA 17 - GRANDE PRÊMIO DO MÉXICO - SEASON 02
Perto do fim o destino ainda é incerto
O farol está quebrado, ele não sabe mais para quem apontar, seu foco muda de direção constantemente. O que é, deixa de ser, o que parece, volta a ser, a mistura de tintas entre Mercedes e Red Bull percorre um campeonato inteiro e no apagar das luzes a emoção é a mesma da primeira prova do ano. Alan, Tiago e Feliphe, os nomes que mudaram o patamar da Orion, desfilaram no México com tanta perícia que não há como saber quem será o campeão. Feliphe e Alan brigavam (e ainda brigam) pela dianteira, o conjunto da obra ainda os deixa como primeiro e segundo na tabela geral, porém, com o pequeno tropeço de Feliphe, Tiago Luz retoma com força suas chances de brigar pelo título nas últimas três provas.
Tudo é possível no que diz respeito a esses três, e não há exagero na frase. Alan tem sido primoroso, limpo, técnico, justo durante suas performances com seus adversários diretos, e mesmo com problemas de saúde continua tão firme quanto começou, e parece até uma enrolação, um preenchimento vago de frase, mas tanto Tiago, quanto Feliphe, gozam dos mesmos atributos, e claro, não podemos esquecer de Tássio, que dos quatro é o que precisa elevar mais a consistência das coisas que faz na pista, mas ainda assim é um quarteto muito completo.
Tiago venceu mais uma no México, e é nítido como ele tem um domínio extraordinário no circuito, como se sente bem nele, e aí o contraponto: Alan é o oposto nesse mesmo México, mas nem por isso ele deixa seu nível baixar por conta da pista, quanto mais próximo do teto ele chegar mais pontos ele soma, afinal, ainda é o líder e com certa vantagem. Com os problemas vividos por Feliphe com seu controle, já é a segunda prova que ele passa sufoco, e nessa não houve trégua, mesmo construindo uma bela recuperação ele foi execrado pelos problemas, o abandono lhe deixa estático na tabela e leva Tiago a sobrevida, o seja, ele vai brigar forte nas últimas etapas. Agora dependerá muito da equipe, o pente fino precisa funcionar não só a cada prova, mas a cada volta e a cada tomada de decisão, quem estiver melhor no momento vai pressionar Alan.
Na minha concepção as entradas de pá do Safety Car tornaram as estratégias da Mercedes uma zona, isso porque tanto Alan quanto Tássio tinham certa vantagem sobre os dois pilotos da Red Bull que já enfrentavam problemas desde a largada. Todos sabemos que os compostos amarelos são nulos no México e mesmo assim a dupla da Mercedes com sua qualidade conseguiu abrir, quem teria que correr atrás seria Feliphe e Tiago que naquele momento estava lá embaixo, eles tinham tempo para pensar. Mas essas entradas os deixaram próximos, foram várias vezes de incerteza o que possibilitou Tiago de ir chegando, chegando, e chegando até executar o que sabe fazer e sem tomar punições.
Com isso, a Mercedes viveu um sentimento dúbio no México, Alan conseguiu sustentar o segundo lugar e a sua liderança, mas viu Tássio ficar fora do pódio quando os dois poderiam ter destinos diferentes, de certa forma eles injetaram a sobre vida a Tiago. Porém Feliphe marcou passo, e a distância ainda permanece com Alan. Essa corda parece não ter fim e treinar muito para o Brasil é uma obrigação já que Interlagos está longe de ser uma pista extraordinária.
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel