EVENTO ESPECIAL - WILLIAMS FW14B - AUSTRIA
Para tirar a poeira a garagem
Assistir e analisar os carros esquisitos da F1 de hoje em dia já não é mais um problema, e mesmo a força, nos acostumamos a deixar de lado os foguetes dos anos 80, 90 e 200 e com o tempo agradecermos a Deus por ainda não colocarem motor de fusca nos monopostos na geração 2010. Que lástima!
Brincadeiras a parte, é claro que nos agrada infinitamente mais as gerações passadas do que estas, até mesmo para quem nasceu, mas não viveu em algumas daquelas décadas. Certos sons nunca saem da nossa cabeça. Deixar de lado não significa esquecer. Não mesmo.
Os eventos especiais são sempre marcados por carros da história, como a maravilhosa e absurdamente potente, Williams FW14B, guiada por Nigel Mansell e Ricardo Patrese em 1992. A aceleração máxima do motor V10 soa como música.
E por falar em música, Rafael Chaves acertou todas as notas que tentou colocar nas escalas. Foi um Rafael que conhecemos, porém, diferente, claro, alguns pilotos do grid não competem mais com frequência, mas isso não é um diminutivo para a bela apresentação de Chavinho.
Ele reencontra-se com a vitória, mesmo que fora dos campeonatos, isso é muito importante para manter aquele piloto estrategista, bem vivo!
Não é fácil guiar esse animal de 92, se desafinar, todo o resto é comprometido, e foi o que aconteceu com Gerson, que mesmo sendo pole e estando preparado, acabou destracionando logo no tiro de largada o que segundo alguns pilotos é muito difícil de executar com aquele carro, e levou não só a si para o chuveiro, mas, mais dois companheiros.
No decorrer da prova Rafael foi solidificando a liderança após a batida de Bolha e a sua condução foi perfeita, digna de um piloto como ele, que inclusive, ensina a todos os outros a serem pilotos melhores.
Uma apresentação e tanto com um carro incrível de se ver pelas pistas austríacas. O que me deixa bem à vontade para falar de André Silva, que foi insistente com sua estratégia o tempo todo e mesmo sem fazer paradas ainda conseguiu o 3º lugar. Quem sabe pudesse vir o 1º, pela sua execução não seria nenhum espanto.
Arengue foi o 2º, e como sempre, foi muito consistente. A experiência que fala muito forte. Com Chaves de um lado e Arengue do outro, me faz lembrar da oportunidade em os dois disputavam um título.
Grandes momentos, grande corrida.
RESULTADO:
PILOTO DESTAQUE:
PILOTO DA CORRIDA:
Pilotos que não terminaram a prova:
Por Mauricio Klippel