Herbert Santanna é quem cruza a linha de chegada. Rápido como poucos, as coisas tendem a ser emocionantes para quem acompanha as provas do ‘’time killer’’, porém, e aqui vai um porém bem grande, não foi ele quem venceu, óbvio, assim como destaca a linha de apoio do título, Rafael Chaves foi o dono da parte mais alta do pódio depois de muitas provas ruins e resultados esquecíveis. Sempre fiz questão de reafirmar o estilo estratégico de Chaves, foi assim desde que o vi pilotar pela primeira vez. As características não mudaram, mas as performances recentes não agradavam ninguém, muito menos a ele, que quando o campeonato começou, entrou como um dos grandes favoritos junto com Arengue. Se cobrar muito faz parte das características de Rafael, mas a mais importante delas é sem sombra de dúvidas é a tranquilidade, que chegou a ser distraída pela pressão de voltar a vencer. A impecabilidade executada no circuito de Paul Ricard nos remete às suas grandes pilotagens. Ferrari na mão, ultrapassagens sem perda de tempo e uma análise fria de quem está ocupando o espaço ao redor. Dificilmente um piloto termina sem punição alguma, e nesta noite, isso aconteceu. Zero punições, isso sim é que é conduta de corrida.
Mesmo com Herbert desmontando, quebrando e enterrando tempos e voltas atrás de voltas, e passando Rafael numa briga espetacular, desta vez quem acabou sendo enterrado foi ele, pelas inúmeras penalidades acumuladas. Que piloto fantástico, mas hoje, nem ele poderia bater a tocada limpíssima de Chaves. A vitória chega num ponto crucial de briga pelo campeonato, e as coisas estão começando a afunilar, lentamente, é verdade, mas é assim mesmo, sem perceber, que perdemos o foco. George deu uma estagnada nas vitórias, mas não nos bons resultados, outro que protagoniza um duelo de tirar qualquer um do banco, sendo essa a briga responsável por colocar o piloto da Ferrari no topo. Não se engane, tanto George, quanto Thiago Arengue seguem firmes, absolutamente firmes, mesmo que a fase de Arengue não seja também das melhores nem de longe. Perceba que as boas posições continuam, mas infelizmente os erros também.
Outro ferrarista foi muito bem na França, Marco Aurélio, o legítimo piloto chato, no bom sentido. Temos muitos por aqui, e ninguém deixa barato. Agora, é aquela velha história, um bom resultado apenas não basta, é preciso mais, afinal eles estão na disputa da categoria mais forte dos mundiais, equilíbrio e talento não falta, não é David? Uma pena ter guiado uma McLaren hoje.
Mauricio Klippel
Carros e posições escolhidos através do sistema XP CARDS.
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: