Um jogadoraço de um lado, e de outro um treinador extremamente capaz, que tinha nas mãos o grande teste de fogo de todos até então, vencer o maior colecionador de taças da Reality. 2 a 0 acabou sendo mais que o suficiente para que tal proeza acontecesse, e realmente foi algo de grande escala nos meios do FIFA no PS4. Foi um ano praticamente hegemônico do João, não há o que contestar naquilo que diz respeito ao seu desempenho, conquistou tudo o que poderia ter conquistado e lutava para encerrar o ano de forma perfeita. Mas nem tudo acontece sempre da forma que planejamos, pelo contrário, desta vez foi Rafael Pagano que se encarregou de fazer o que seu oponente tem como grande arma: Estudar os pontos fracos. Já havia sofrido com isso em partida anterior, então, agir com inteligência teria que ser uma obrigação.
Com falhas abertas no seu estilo de jogo, o multi-campeão precisava de alguém que as encontrasse. Eu já havia me referido a elas muitas e muitas vezes, uma das, era um sistema de meio bem sólido, proteção extrema no círculo central, claro, ele projeta o time sempre muito a frente e ataca com tudo, só que, quem passar por este meio dá de cara com um sistema defensivo de origem não muito efetivo e com buracos. E por falar em efetividade, está exatamente aí a maior falha de João, e que apresentou em todas as partidas que pude acompanhar. Os erros mortais na hora de arrematar. Agudo e insistente, estudioso e muito rápido, essas são características próprias, mas não colocar a bola na casinha pode surtir efeitos colaterais.
Rafael Pagano descobriu e o induziu sob uma marcação muito forte, toda feita por zona e com formatos de recomposição precisos e sem afobação, a bola no chão foi certeira para fazer o jogo fluir a seu favor. Quando João enfrentou outros adversários os deixava confusos, e os obrigava a entrar num desespero, abrindo as portas de um horizonte livre para que utilizasse um dos seus estilos de jogo que derrubaram muitos por aí, que é o contra-ataque certeiro. Em outras ocasiões os erros de conclusão foram muitos também, porém seus oponentes não prestavam atenção e o permitiam chegar até acertar. Neste caso, Rafael saiu na frente com um golaço numa falha de marcação e fechou de uma vez a porteira com seu Manchester United, a Roma de João foi modificada duas vezes, mas ficou pior e cheia de buracos na primeira, e na segunda já era tarde.
O segundo gol foi uma triangulação linda, saindo do meio e pegando Lukaku no melhor estilo centroavante. Lindo gol, e pela primeira vez JP se via encurralado, e morto pelo próprio veneno. Foi um monstro de tranquilidade o tal de Rafael Pagano, João pagou o preço por não corrigir os erros nos arremates, mas não esqueçamos, ele ainda é maior vencedor de todos por aqui e se enfrentarão numa final de Mundial de Clubes em breve e se ele aprendeu com isso tudo, Rafael terá de ser gigante mais uma vez.
Mauricio Klippel