Evento de categoria master, pilotos que condizem com a proposta colocada à mesa, espectadores fiéis que já são cativos em tudo, levam diversão e movimentam os meios de comunicação enquanto narrador e comentarista traduzem as informações. Nem preciso falar muito sobre a organização, quando o profissionalismo vem a frente nada que dependa das nossas mãos pode dar errado. Durante quatro provas intensas, acompanhamos os pilotos darem o melhor de si, tiros curtos e uma pressão violenta para decidir a pole position numa volta só, isso é para poucos. No entanto foi tirado de letra, a enorme maioria dos pilotos conseguiu cumprir com êxito e evoluir num tempo tão pequeno que aprenderam mais aqui, do que num campeonato realizado com muitas etapas. De muitos nomes a serem citados, João Ildeu é grande destaque, foi muito bem em todas as etapas, e quando digo muito, quero dizer MUITO, isso pode significar também que, foi 2º na Hungria (com chances iguais de vencer, não fosse “atrapalhado”), venceu na Bélgica, venceu no Canadá e encerrou a participação destruindo em Monza, claro, vencendo.
O primeiro campeão do evento é mais do que merecido, piloto veterano que se porta como tal, isso significa que é maduro ao pilotar, não deixa coisas pequenas ou extra prova tirar sua concentração e foco, é rápido, muito rápido e além de tudo não se vê bandalheiras suas por aí, por enquanto, e desejo que seja sempre, posso chamá-lo de exemplo. Ele faz seu ingresso por aqui com muita força, vai dar trabalho para uma categoria que já por si só, o PS4 é um nome pesado hoje, ótimo em organização e pilotagem, que ganha um reforço gigante daqui para a frente. Leo Mautes, foi o ponto mais alto de consistência, Herbert o monstro que não para de brigar nunca, inclusive vencendo na Hungria, Kleber Machado, me mostrou que é bem melhor do que eu pensava ser, precisa de um campeonato longo para poder levar a evolução mais longe, Vini Bianchin, mesmo indo muito mal nas duas primeiras, conseguiu se recuperar, é piloto vencedor, e não pode perder o cacoete, até mesmo Chrystofer Lima, deu uma enorme alavancada. Kleber e Leo, além do que foi João, merecem guardar para sempre os melhores momentos em que protagonizaram uma briga fenomenal em Monza, deixar o narrador quase sem voz é tarefa para quem consegue se manter tanto tempo numa disputa limpa e empolgante. Yuri Araújo e Roberto Rocha foram pouco para o que se esperava deles no evento, muito cotados para serem diferenciais, acabaram por realizarem corridas muito ruins, muito mesmo. Roberto é um pilotaço, já mostrou isso, segundo ele os problemas foram de conexão, aí complica. Yuri pode estrear no Professional com a cabeça a prêmio, não passou confiança em nada, cometeu erros amadores e ainda foi reclamar onde não devia, é, não basta só ser rápido ou bom, tem de ser maduro.
Enfim, não podemos falar de tudo, nem de todos, veja as transmissões e leia as colunas anteriores para se manter a par de tudo. O título de construtores fez jus a equipe que melhor andou, sem demagogia, aqueles que mais foram consistentes como um todo levaram o caneco, falo da equipe MERCAMS, de Leo, Herbert, Chrystofer e David, mesmo com alguns sendo um pouquinho menos, ainda se mantiveram fortes, não para esquecer da equipe um minuto sequer, principalmente pelo que virá por aí. Muito bem! Sucesso total ao que nos aguarda!
Mauricio Klippel