MUNDIAL ORION FÓRMULA 1 - SEASON 02 - ETAPA 10 - GP DA FRANÇA - CIRCUITO DE LA CASTELLET
O pódio da categoria Orion, explica, o conceito de oportunismo e evolução
Não basta apenas um carro bom, ou uma pista que te favoreça. Nem sempre esse carro será dos melhores, e o circuito que você ‘’não gosta’’ jamais deixará de fazer parte de um campeonato por sua causa. Acostume-se a dar o melhor com o que tem. Só assim se formam vencedores, lembre-se sempre do MELHOR de todos, Ayrton Senna.
Os temporais tem sido um fator constante nas corridas da França, independente da categoria, e obviamente, este fator dificulta e muito a vida de quem está correndo. A largada foi agitada, com alguns incidentes em um lado, misturados ao excesso de cautela do outro. Chegaram a frente em meio ao rebuliço: Claudio Paulo, Ricardo Vargas e Márcio Henrique.
Primeiro, Marcio: que para mim, hoje, dentro dessa categoria no Mundial é o maior exemplo de evolução e oportunismo. Com exceção de um 15º lugar na Espanha, todos os demais resultados foram excelentes. É o 2º no campeonato, e ontem foi mais uma vez, seguro. A segurança vem dos treinos, que dá confiança e eleva a capacidade de execução, o que vimos claramente ontem (30).
Estratégia de rápida, para um pit lento. 30 segundos nos boxes, alternativa de apenas uma parada depois da chuva. A condução do carro no decorrer da prova foi ótima, longe dos enroscos, e quando a conta estava prestes a fechar, ele estava no lugar certo, por ter feito a coisa certa. O erro de Marcelino o colocou no 3º lugar.
O vencedor, Cláudio Paulo, tateia mais devagar, lentamente, não divaga em possibilidades falsas, isso é muito importante, mesmo que talvez tire um pouco do seu arrojo. O cuidado de pisar em terreno seguro faz dele um piloto cauteloso, o que repito, não é ruim, mas que na balança entre evolução e oportunismo, ele seguramente ocupa o oportunismo com mais intensidade.
Os méritos de vitória são enormes, fez uma prova sensacional, e se manteve firme a frente de Ricardo o tempo necessário, mas no contexto geral, se tratando apenas dele, precisa CRIAR mais suas oportunidades, e não deixar o oportunismo bater a sua porta, ele pode demorar para chegar.
Isso explica a vitória na Austrália e mais quatro 11ºs lugares ao longo do campeonato. O hiato é muito grande entre um excelente resultado e outro. Isso atrapalha muito um piloto que pode brigar por título.
Ou seja, pela tocada na pista separamos aqueles que se tivessem um ‘’algo a mais’’ nas mãos, certamente fariam ainda melhor. Largar em 13º e chegar em 2º de Mercedes parece algo simples, mas se logo lembrarmos que existem outros 12 a frente e nenhum deles é um cone, e balizarmos as condições da pista, tudo muda de figura.
Ele só não venceu, porque no final tomou uma punição, o que o igualou a Cláudio. Os resultados de Ricardo são piores que o de Márcio e melhores que o de Cláudio (se não contarmos as vitórias).
Então perceba, evolução gera oportunismo. E os dois lhe darão bons resultados.
Um adendo muito importante, é sobre o maravilhoso trabalho de Rafa Chaves como chefe de equipe e engenheiro. Que ajudou a construir a dobradinha de Jack e Ricardo.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
PILOTO DESTAQUE:
PILOTO DA CORRIDA:
PILOTOS QUE NÃO COMPLETARAM A PROVA:
Por Mauricio Klippel