O momento fala

MUNDIAL F1 PROFESSIONAL ORION - ETAPA 18 - GRANDE PRÊMIO DO BRASIL - SEASON 02

O momento fala

Contudo, no apagar das luzes e no cruzar da linha de chegada ficaram na ponta aqueles que vêm se digladiando sem espadas, os que brigam sem brigar. Alan Daniel e Tiago Luz. A fase dos dois fala por si só, a temporada é fina, é espetacular e o que sobrará no final dela será a elite do AV na Reality XP. Sinceramente, eu não sei como alguém ainda se questiona sobre o que fazem estes dois, eles são pilotos de altíssimo nível, conquistaram o mérito prova a prova. E me dou ao direito de falar dos dois isoladamente porque não é só em uma categoria, não foi apenas uma vez, não, não, é absolutamente frequente.

Só pilotos que conseguiram chegar num nível alto possuem a capacidade de largar do fundo do pelotão, passar por um caminho de pedra e ainda assim vencer, como foi o caso de Alan e chegar em segundo, como o de Tiago, e veja bem: não são resultados esporádicos, ok? “A Mauricio, mas eles não fazem isso de Williams”, amigo, esqueça essa palhaçada, essa pataquada de que para o piloto ser bom de verdade ele precisa vencer guiando um trator 1960, isso simplesmente não existe, os melhores pilotam os melhores carros, é mérito! Porque raios Hamilton andaria de Haas no auge da carreira? Isso não tem qualquer lógica. Fazer o que Tiago e Alan tem feito não é sorte, eles sabem onde pisam, sabem como fazer e tem a cabeça no lugar.

Essas ferramentas que ambos usam com expertise é o que lhes permite virar a chave em provas que não os favorecem.

Óbvio que Feliphe está no mesmo barco que eles, não há dúvidas disso. Feliphe é um senhor piloto, do tipo que cresceu monstruosamente e que só não venceu porque infelizmente algumas coisas não são possíveis de prever dentro de uma corrida. Assim como Alan escalou o pelotão, Tiago teve vários problemas, incluindo seus pneus na largada e uma troca de bico, fatores que o fizeram perder muito tempo, porém a linha reta permaneceu focada no alto do grid, e o SC o recolocou no páreo, então, não há como culpar Tiago e Alan por estarem no lugar certo e na hora certa, preparados para assumir o lugar de quem deixou a prova. As coisas mudam de forma absurda na F1.

Infelizmente o infortúnio foi com Feliphe, que fica preso pontuando muito pouco, que vinha fazendo uma corrida irretocável, na cola de Alan na tabela, mas que acertou em cheio o carro de Sandro quando este acabara de rodar na pista, bom, sem bico, volta 67, a ansiedade falou mais forte, ele deixou de prestar atenção em algumas situações e a ultrapassagem com bandeira amarela o atira para baixo da décima posição. A vitória mantém Alan na ponta, o acidente mantém Feliphe estático, porém muito vivo, mas este segundo lugar recoloca Tiago no páreo. O momento fala tão alto que dói os ouvidos.