São recorrentes os erros cometidos no hardcore, infelizmente parece que não é possível evitá-los. Não sou também maluco de afirmar que ninguém nunca erra, ou errou, não, jogos perfeitos inexistem. O que quero dizer, é que, os erros devem ser menores, poucos mesmo, em determinados momentos não se vê futebol, mas uma correria sem lógica escoltada por bolas longas alçadas na área bem ao estilo Felipão. Os players estão na categoria mais difícil, é necessário fazer jus a isso. Ora, estamos falando do esporte mais incrível do planeta, que por acaso tem formato de bola. Se estudar um pouquinho mais, as coisas mudam sim, de figura.
O JOGO
Bom, a quem confunda jogos pegados com jogos de baixa qualidade técnica. No caso em questão, a Libertadores traz na alma o jogo pegado. E os treinadores deveriam levar “a campo” a mesma coisa. Os avatares não se movem sozinhos, eles fazem o que eles fizerem. E tanto o Cruz Azul de Daniel Fernando, quanto o Inter genérico de Daniel Rezende, foram mal no aspecto técnico-tático. Muita correria, bolas enfiadas para ninguém, e um Inter nitidamente jogando por uma bola. Não dá. Futebol real ou virtual é bonito quando é proposto, e o virtual só existe pelo real, então, me parece um pouco de receio entre os treinadores em jogar para a frente.
As tentativas saíam todas sem qualquer construção, um gol, se viesse, seria mais sorte do que por trabalho de bola. Não preciso nem falar dos erros de arremate que persistem no Hardcore, a mim, parece que se existe treino é muito pouco. Em determinado momento os times pareciam estar jogando espelhados, ambas as linhas de marcação se tornaram um pouco mais eficazes, porém, as ofensivas, não. Fim de papo, uma chance incrível perdida pelo Inter, e uma bola na trave do Cruz Azul, era só.
A partida no “Beira-Rio”, precisava de um ar diferente. Mas começa exatamente igual a anterior, retranca e erros de passe. As possibilidades só começam a mudar quando estranhamente o goleiro dá um carrinho desesperador dentro da área, muito estranho. Com tudo, o desfecho do lance termina com um pênalti mal batido e defendido pelo goleiro Jesus Corona. Ao início da etapa complementar, as coisas começam a ter outra cara, principalmente pelo lado Colorado, que não sei por que jogou todo esse tempo, atrás, sabendo que seu repertório era bem eficaz. Gol aos 70’, bola rebatida, chorada, mas enfim o escore estava aberto. E para provar que estudar e treinar fazem toda a diferença, se o Inter de Daniel Rezende estivesse bem afinado, não tinha sofrido para quebrar a barreira adversária que nem sequer foi rigorosa. Aos 79’ um golaço de peixinho, que foi empurrado por um contra-ataque fatal e muito bem executado.
Inter vai à final. E a única coisa que precisa o acompanhar até lá, é o lance do segundo gol.
Mauricio Klippel