MUNDIAL F1 PROFESSIONAL ORION - ETAPA 16 - GRANDE PRÊMIO DOS ESTADOS UNIDOS - SEASON 02
Não vale a pena apostar em ninguém
Se o Professional Orion estivesse dentro de um banco de apostas muita gente perderia dinheiro, seja corrida a corrida, ou num bolão cravando um campeão. Neste caso, com esse campeonato, com toda a certeza não é possível apostar em ninguém, isso por que os três pilotos que encabeçam o grid fazem de tudo um pouco e um pouco de tudo, suas fases individuais são excepcionais e a cada largada um caminhão de coisas diferentes acontecem, muito bem, abrir a boca para decretar vencedor ou até mesmo um campeão, sincera, e prudentemente, nem pensar.
São tantos rabiscos e anotações que antes de escrever eu preciso passar a limpo, de tanto que as coisas mudam, e é óbvio que nos EUA as coisas não seriam diferentes. Se lançasse minhas apostas em Tiago ficaria com o coração na boca o tempo inteiro, é um passa, troca, erra, acerta, ganha, não ganha, toma punição, desconta punição, enfim… da mesma forma com Alan, que é o segundo colocado na tabela imediatamente atrás de Feliphe. Pode vencer agora? Pode! E o Safety Car? Entra, sai, mantém, vê o parceiro abandonar, torce pelos erros adversários e claro, reza para Feliphe se desconstruir, o que não tem acontecido, sejamos francos. Feliphe poderia até render uma grana para alguém, a Pole Position abre esperanças, seu domínio também, mas num piscar de olhos as punições já estão a reboque, os desgastes gritando alto e uma queda de conexão repentina faz qualquer um chorar.
O que era para ser dele instantaneamente passa a ser novamente de Alan, que joga para Rafael Almeida onde vinha comendo pelas beiras, e que algumas voltas mais tarde, mesmo com Feliphe a frente e Alan em segundo a vitória poderia ser de Tiago. Isso tudo para dizer o quão complicado e disputado tem sido esse Professional Orion, o quão forte é a tríade principal, suas evoluções são gritantes e poucas vezes vi pilotos tão compenetrados em vencer.
As mudanças em pista são rápidas como eles próprios, em Austin fizeram uma largada limpa e na sequência suas disputas entre si, fortes, dinâmicas e totalmente limpas embora bem pontuais, ou seja, executadas nos momentos certos. Para falar bem a verdade eles são muito mais estratégicos do que combatentes diretos de roda com roda, o que deixa tudo mais complicado. Entre muitas coisas de corrida, a Red Bull poderia esticar os compostos para mais além, enquanto Alan precisaria torcer para não chover mesmo sabendo que aconteceria em algum momento.
A batida de Tássio gera a entrada do Safety Car, a correria começa, e o que fazer? Trocar ou não trocar, e mais: colocar pneu de chuva já uma boa?
Naquele momento, apostadores estariam fazendo contas juntos com os engenheiros. Alan e Tiago colocam compostos de chuva, assim como Feliphe, mas o pulo do gato foi do próprio Feliphe. Tanto Alan, quanto Tiago testam durante o carro de segurança os pneus slicks, mas é só na relargada que decidem voltar e recolocar pneus de chuva, eles perderam tempo e Feliphe assumiu a ponta mais uma vez, mesmo estando sempre de bico apontado para ela. Mais uma mudança: Tiago quebra o bico, volta em sexto, volta 49, mais um Safety Car, Feliphe cai da sessão, a diferença zera, Alan encosta, Tiago revive, Feliphe reassume, Rafael Almeida está no bolo e é facilmente ultrapassado por Tiago e Alan. Bom, Tiago esperava um segundo lugar, e mal sabia ele que poderia ter vencido, Felpihe não havia tomado 3s, e sim 6s, se ele permanecesse bem perto e quem sabe passar Alan a vitória seria sua. Porém, como se já não tivesse muitos, nos últimos instantes Luz tomou 3s.
Feliphe andando absurdamente em 1º, Alan 2º e Tiago em 3º. Sabendo que a cada instante até a bandeirada final tudo isso poderia ser completamente diferente.
Eu, apostar num Campeão? Não vale a pena.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel