Não nos enganemos, Caio, não desistiu do título

MUNDIAL PEGASUS FÓRMULA 1 - SEASON 02 - ETAPA 14 - GP DA ITÁLIA - MONZA

Não nos enganemos, Caio, não desistiu do título

Depois de vencer três provas seguidas de maneira espetacular e se colocar no hall dos favoritos, Caio foi do céu ao inferno, passou maus bocados, e de 1º na Bélgica amargou um 10º lugar na Espanha, se manteve entre os cinco oscilando posições em Mônaco, Azerbaijão, Canadá, França, Áustria, mais um 10º lugar na Inglaterra e mais um 5º na Hungria. Somando tudo isso foram oito provas sem vencer, um jejum que não esperávamos ver depois da maravilhosa trinca de vitórias.

Claro, ter permanecido entre os cinco primeiros, sempre, foi a chave para o manter vivo na disputa, mas não o suficiente para estar confortável e abalar as estruturas de Douglas.

Caio precisava vencer, todo o piloto que briga por título, precisa. Não é talento o que falta, era calma. Desta vez o coelho saiu da cartola e trouxe com ele todos os outros truques do mágico, a força.

A não desistência de Caio foi imprescindível para sua vitória, acreditar na sua estratégia de parar rápido observando o que os demais a sua frente fariam, que naquele instante eram Raso e Kdog, foi a cereja do bolo. Os dois a frente optaram por levar os compostos amarelos até o fim, já Caio, colocou vermelhos e, obviamente, ganhou performance.

A posição de Pedro, foi conquistada em seguida, a de Kdog veio numa execução firme, apertada mas sem perder as estribeiras, inclusive, o toque entre os dois, na minha opinião, foi claramente uma simples disputa de posição, ambos queriam vencer, então, coisa de prova, ainda mais vindo de pilotos sem qualquer histórico de deslealdade.

Caio Santos andou no limite, não deixou a vitória sair do seu alcance nem por um segundo, e com as punições apitando a sua frente, ele conseguiu ainda, aplicar o que quase nunca vemos: passar e abrir o tempo necessário para o desconto das tais punições.

Isso tudo, no apagar das luzes, se não o fizesse, não haveria mais tempo. Fez e fez muito bem. Foram incríveis 13 milésimos de sobra, um erro, um deslize, uma piscada e tudo iria pelo ralo. Espetacular a vitória de Caio.

Que ótimo que ele não desistiu de ser campeão.