MUNDIAL F1 PROFESSIONAL FÊNIX - ETAPA 15 - GRANDE PRÊMIO DE PORTUGAL - SEASON 02
Morte lenta
Leão está num ponto altíssimo, ele coloca a mão e praticamente tudo dá certo. Não é sorte, isso é evidente. É trabalho, treinamento, pés no chão, estudo de causa e tudo mais que possamos imaginar de bom que agregue a sua pilotagem. Eu o chamo de “menino prodígio”, seu talento é natural e é muito jovem, por isso o apelido, mas de nada adiantaria se Matheus não visse o AV como um grande todo que precisa ser lapidado, lapidado ao seu próprio redor, com o apoio certo, e com a cabeça no lugar.
Não há circuito que ele corra de forma desastrosa, de Mônaco a Spa, Matheus conhece os atalhos, e com a novidade de Portugal, uma pista um tanto quanto difícil, de não tão simples ultrapassagem, o menino construiu a mesma coisa. A cada vitória grandiosa de Roldan, e a cada subida memorável de Mautes, Matheus Leão se adapta ao ambiente e volta com mais força, o que deixa a Mercedes sempre com a corda tensionada no campeonato, isso significa que nem dois dos melhores pilotos de toda Reality, com tantos culhões, conseguem uma prova sequer de alívio.
O campeonato tem sido uma morte lenta para a Mercedes, e Portugal foi mais uma a Victor Roldan, principalmente. Veja bem, nós conhecemos bem a dupla e eles são extraordinários, como pessoa e claro, como pilotos. Léo teve de largar na 7ª posição, Roldan em 4º e ainda presenciar Leão fazendo uma Pole invejável.
Muitas disputas aconteceram abaixo dos holofotes principais e eu abro um parênteses para falar de Tony, Lucas e Wandaick, que campeonato fazem estes três extraindo água a conta gotas de um poço quase seco.
Bem, voltando, a prova de Leo acaba com um bug do jogo onde ele acerta em cheio Wandaick e abandona, dia terrível para o grande crescimento que ele vinha tendo. A reviravolta acontece quando Roldan assume a ponta na troca de Matheus que não pareceu acertada, ele acreditou que não haveria mais carros de segurança (o que é totalmente imprevisível) e colocou brancos, e nisso Victor se manteve na ponta até o fim. Só que foi entre a troca e o fim que as coisas aconteceram de fato. Ambos foram aos boxes e colocaram vermelhos, claro, mais um safety car, de nada adiantaria compostos brancos.
Leão chegou em Roldan e o seguiu literalmente o tempo todo, com uma frieza jamais vista, empurrando o adversário ao erro, forçando algo difícil de acontecer mas que não é impossível, mais uma vez a morte foi lenta, um colado no outro, ambos com pneus de 36 voltas, diferença mínima e ninguém ousou trocar, Leão espelhou Roldan em tudo e o viu cruzar a linha com 3s caríssimos de punição. Mais uma vez o menino venceu com competência ímpar e com o regulamento debaixo do braço.
A Mercedes precisa encontrar uma forma de parar Matheus, o que já deve ser pauta todos os dias, do contrário nós sabemos onde isso vai parar.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel