Interação entre as ligas

Mesmo que tenha sido apenas um evento especial, e que não existiu somatória de pontos ou qualquer coisa do tipo, uma corrida deste tipo, além de comemorativa, serve para analisar o comportamento dos pilotos em pista, tendo os rivais que em dias de campeonato normal são rivais, hoje foram companheiros, as bandeiras da Liga a qual representam, seria o mais importante. Entre os nomes da Reality XP estavam Léo Mautes e Thiago Arengue, dois dos grandes competidores na atualidade nos Mundiais da XP. E começando por eles mesmos, infelizmente não aconteceu o que esperávamos, depois de construir uma prova consistente, as conexões serviram de anti-herói para nossos pilotos e as posições foram muito aquém do que poderiam ter feito em condições normais. Me anima e muito ver o estilo de pilotagem daqueles que vestem a camisa da Reality, firmeza não falta, comprometimento muito menos e vontade de vencer, e de forma limpa também são outros fatores que alavancam a competência dos mesmos.

Não estou puxando brasa para assado nenhum, apenas sendo pés no chão como sempre, se tivesse que criticar, eu criticaria. Cabe aqui todos os elogios. Em compensação um grande maioria não se deu bem, acidentes sem sentido e uma afobação sem tamanho na hora de passar tornaram a prova um pouco tensa, sei que não valia absolutamente nada, mas empurrar o parceiro de disputa com o bico do carro, forçar ultrapassagens que nem ao menos cabiam por ali, fica difícil. Não há cautela, e parecia que os pilotos estavam numa terra, ou melhor, pista sem lei. Não cabe a mim criticar competidores de outras ligas, mas, faltou braço no volante, e sobrou dedo no olho. Ainda assim, nomes como Samuca, ou Samuel Machado, o próprio Borjão, e João Ildeu, que pilotos ótimos, brigadores e com muito talento. Confesso que esta foi a primeira prova que vi da maioria, com exceção de Ildeu, mas gostei muito. Uma pena, disputa promissora, que acaba com muitas baixas.

Mauricio Klippel