Ele só não foi o campeão da Hardcore, porque a sua frente, ou a seu lado, está, ou estava, Lucas Yan. Ou seja, tão bom piloto e casca grossa como ele próprio. O fato é, que Romais não escolhe categoria, por onde passar vai dar um show na pista, tanto que é um dos raríssimos pilotos de A.V. que eu conheço que pode ser colocado como favorito em qualquer corrida, seja sozinho, ou com a companhia de outro.
Monza, fase estupenda e Ferrari nas mãos, tudo isso é igual a uma vitória com jeito de aula. Não existem pontos negativos na pilotagem de Gabriel durante o evento, aliás, só serviu para reforçar ainda mais o que se reforça a cada corrida sua: ele está pronto para andar em qualquer lugar. Não existiu ameaça na pista, erro de estratégia, falha na pilotagem, não, nada. Foi uma vitória ampla, de alguém que se dedica e virá quente para seu primeiro título na Reality em 2020.
Eu já mencionei isso várias vezes, e vou repetir: a vida pessoal dos pilotos não me interessa, nem nunca vai interessar, o que me importa é o ponto que atinge meu trabalho, isto é, suas pilotagens, minha análise e opinião. As críticas feitas a ele nunca foram provadas, e no asfalto ele é praticamente imbatível.
Fora o baile, Arthur Luiz não deixou o nível cair, e isso é muito importante, mas muito mesmo, afinal manter o padrão é que te faz crescer. Segundo lugar com folgas. Mas foi Maycon Santos quem deu o famoso ‘’pulo do gato’’, na verdade nem foi um pulo, mas a ‘’corrida do gato’’. Foi um salto enorme do meio do grid para o terceiro lugar, simplesmente engoliu todo mundo que ia à sua frente, passando um a um, incluindo Paulus e Ramone que sentiu a pressão no final cedendo a posição.
É bom ficar de olho, afinal de contas as referências estão dentro de casa.
Mauricio Klippel