MUNDIAL F1 PROFESSIONAL ORION - ETAPA 14 - GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA - SEASON 02
Falou mais alto o jogo de equipe
Cingapura é um sonífero, recomendo fortemente para aqueles que têm problemas com insônia. É impressionante como um circuito tão bonito e moderno pode ser o completo oposto em relação às possibilidades dadas aos pilotos. Quando pensamos em corridas de carro, imaginamos velocidade, e tudo que Cingapura não é, é veloz.
Dito isso, colocados sobre a mesa o que seria esse Grande Prêmio, tanto Mercedes quanto Red Bull precisavam mais do que nunca estabelecer uma estratégia valiosa, neste caso, talvez mais do que em qualquer outro circuito, garantir a Pole Position é um trunfo e tanto, e a tal estratégia passa diretamente por isso. A Red Bull foi imensamente feliz em seu propósito, Feliphe foi o Pole, e sob muita chuva conseguiu um rendimento espetacular, claro, com a ajuda de Tiago o tempo ficou mais claro para ele.
Segurar Alan era a questão, rendimento alto e um carro levemente melhor, se conseguisse passar provavelmente abriria bastante já que é uma característica dele não errar quase nada, pois bem, definitivamente a noite não foi boa para a Mercedes, Alan errou muito, enroscou o bico duas vezes, perdeu posições e não conseguiu executar com clareza como geralmente faz, a cabeça quente o atrapalhou desta vez. Seu parceiro Tássio foi igualmente ou mais infeliz em Marina Bay, isso significa que a chuva o atirou para a pior corrida dentro da Mercedes.
Quanto mais as coisas aconteciam, mais a Red Bull se aproximava da vitória. O jogo de equipe entre Tiago e Feliphe foi perfeito mesmo parecendo por um momento que não daria certo, isso porque Tiago retardou a parada para troca por compostos de chuva extrema, ou seja, como seguraria Alan, ou melhor, como passaria o próprio Feliphe com um rendimento tão baixo? Agora fica simples de entender: a intenção não era passar o companheiro, e sim segurar o rival, espremer Alan para Feliphe que vinha bem mais rápido abrir vantagem e garantir mais uma vitória a Red Bull.
Seguramente Tiago foi muito corajoso ao manter os intermediários, e sua “lentidão” atrapalhou de forma esperada o piloto da Mercedes que com eu disse, se desestabilizou em Cingapura. Essa pista é como Mônaco, depende não só de si, mas dos erros dos outros, e a Red Bull foi certeira em achar esses erros, aliás, se Alan não os tivesse cometido a conversa seria outra, mas Tiago foi impecável, cumpriu o seu papel como escudeiro, Feliphe mais ainda abrindo tudo o que pode e nem sequer os inacreditáveis oito carros de segurança, mudaram o rumo da prova.
Falou mais alto o jogo de equipe, mostrando mais uma vez o quanto treino e planejamento podem mudar praticamente qualquer situação numa prova.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel