MUNDIAL F1 DRACO - ETAPA 19 - GRANDE PRÊMIO DO BRASIL - SEASON 03
Distâncias que decidem
Quando a distância estava a seu favor, Tony bateu sozinho. Quando não havia mais qualquer tipo de distância entre si, Arengue sem intenção espremeu Pedro Raso no muro. E a alguns poucos metros de distância, Iran não conseguiu chegar em Bruno lhe coroando com a vitória. Num Grande Prêmio do Brasil cheio de contrapontos, os protagonistas foram coadjuvantes por um dia.
Tony poderia ter garantido o título dependendo do resultado, não tivesse ele batido sozinho, mas sejamos francos, seu campeonato não foi e nem pode ser espelhado por Interlagos, mas sim pela sua regularidade o ano todo. É muito difícil devidas as todas circunstâncias matemáticas (que eu me recuso a colocar aqui por ser péssimo) que Tony não seja o Campeão na última etapa, sinceramente, o que aconteceu no Brasil foi apenas um erro de percurso que não apaga em nada toda sua construção nesse Mundial, e como eu disse, os holofotes viraram para o lado oposto do grid por um dia, mas nós sabemos bem onde eles realmente miram. Tony precisa na melhor das hipóteses não pontuar para perder a taça, ou ficar em 19º, algo que não é impossível, até porque vimos algo assim ontem (08) mas, a tendência é que levante a taça.
Sem querer, Arengue fechou demais Pedro numa disputa e o deixou por lá mesmo, no muro. Mais um resultado atípico da noite que envolvia um favorito a título, exato,, envolvia, Pedro não é mais esse favorito, e deixou de ser não só pela circunstância da prova que tornou tudo muito difícil, não impossível, mas bem improvável, mas principalmente pelo que deixou de fazer no campeonato. Ele começou bem, bem demais, e para mim Pedro teria que ter estourado definitivamente em 2021, claramente as portas se abriram para que ele fizesse isso e ele decidiu se voltar para coisas que só afetaram sua pilotagem. E sinceramente eu não gosto disso, Raso é um piloto de muito calibre, muito mesmo, mas enquanto ele próprio não ver isso, não vai rolar.
A prova voltou-se radicalmente para Iran, e Bruno Fernandes, aliás, que prova sensacional fizeram esses dois. O leilão lhes caiu como uma luva, e o que foi ‘’desperdiçado’’ por Tony e Pedro, emergiu com os dois sob a Red Bull e a Alpine. Iran veio assumindo volta a volta o protagonismo com uma performance absurda, e Bruno do mesmo jeito subiu encontrando espaços e colocando um carro nem tão bom assim com possibilidades evidentes de pódio, até que por competência sua ele permaneceu a frente segurando tudo o que podia. Iran perdeu um pouco de tempo na sua última parada e o retorno foi ligeiramente tardio, isso porque volta após volta ele teve de tirar toda a diferença para Bruno.
Foram minutos finais de uma expectativa enorme, sobre Iran conseguir ou não, chegar em Bruno a tempo de passar, e ele passaria, e mesmo com os segundos despencando não foi possível, a Alpine subiu ao pódio por metros de distância, no limite do limite e fez o final ficar marcado. Que corrida doida, que corrida memorável.
CLASSIFICAÇÃO:
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel