São inúmeras as qualidades que envolvem a categoria do PS4, e a primeira delas é a mais evidente que, são seus pilotos. Surpreendendo até o mais pessimista da plataforma, a primeira temporada veio como uma tempestade de boas corridas, o que nos fez pegar um enorme apreço pelos competidores da categoria, que inicia no PRO, com assistências. Suzuka foi o palco, e mesmo sem ter sido uma prova espetacular em quesito técnico, o que me deixa mais entusiasmado e feliz, é ver pilotos novos andando de forma firme e limpa e veteranos crescendo muito, lógico, alguns ainda precisam melhorar assim como já precisavam na temporada passada, mas a consistência da recém batizada "primeira corrida", valeu pelo enorme empenho.
O Japão não tem a melhor pista, e alguns nem gostam muito dela, afinal a exigência de piloto e setup são gigantes. Bem, fora os desafios de Suzuka, dá para dizer de peito aberto que, as evoluções da temporada anterior valeram e muito para este novo ciclo. Ilton Pessoa que já tinha se mantido muito bem antes, chega com bastante vontade, mesmo errando numa investida no finalzinho da prova. Os pneus sujos o tiraram da briga definitivamente na primeira etapa, mas levamos em consideração o que havia feito até ali, andando na frente praticamente toda a prova, e segurando um fortíssimo novo integrante na sua cola. São pequenos erros a serem pensados que, custaram caro hoje, mas que repetido, pode custar um campeonato. Uma boa surpresa para mim foi Rafael Chaves, que não era muito regular, e conseguiu chegar em segundo, mais uma gratificante evolução que nos faz pensar quanto tempo se manterão assim. Espero que seja só o começo para o rapaz, e que não se decepcione com outros resultados negativos que possam vir, digo isso para que mantenha a regularidade de hoje, que faltou ontem.
Thiago Arengue não era conhecido por mim, mas já achei interessante seu estilo de pilotagem. Mais sereno e conservador, sem muito alarde e de análise ampla. O corintiano fez uma corrida muito limpa e venceu com grandes méritos, os pneus brancos estavam ‘’gritando’’ é verdade, mas se venceu, é porque deu certo. A condução até ali foi diferenciada. Ele resume muito bem quando diz que, tem como prioridade fazer uma prova segura, e tem toda a razão, se você não conhece ou não gosta da pista, o melhor é ter cautela e aproveitar as oportunidades sem ser inconsequente, afinal, tem um campeonato em jogo. Rápido, rasteiro e … cauteloso. Vitória maiúscula, espero falar mais dele.
Ricardo e Fayol, são sem sombra de dúvidas os pilotos que mais evoluíram, é absurdamente impressionante. O primeiro brigou o tempo todo, raramente abandona e tem construído um espaço no meio do pelotão, isso não veio de graça, pelo um pouco ele deve ter treinado e mudado de postura. Já Fayol, é outro piloto nesta categoria, e o que fez hoje até assumir a terceira posição, não está no gibi. Largando lá no final do grid ele remou e buscou uma posição no pódio que não vai esquecer. É conhecedor e precisava mostrar isso, colocar em prática e, me deixou de boca aberta com a excelente corrida, azar de quem estava a frente e errou por algum motivo, ele não nada a ver com isso. Que venha mais um espetáculo!
Mauricio Klippel