Como tinha que ser

O GP era surpresa, e põe surpresa nisso. Mais uma vez eles iriam pilotar na Hungria, num grid completamente diferente. Desempenho realista e carros trocados, Rodrigo largava de Sauber, o pior carro e na última posição, mas como ele já tem sobra na pontuação do campeonato talvez pudesse dar uma equilibrada nas coisas. Fernando Muniz ainda teria uma chance largando em primeiro com a Mercedes, mas depois de uma largada ruim precisou brigar demais, e como a Hungria sempre nos guarda surpresas, ele acabou batendo na última volta...é, ai não tinha mais o que fazer. O jeito foi deixar que Rodrigo levantasse a taça numa categoria em que ele domina absurdamente, mesmo sem subir no pódio essa noite.

As duas Ferraris foram o destaque da noite, com Maycon Santos e Lucas Yan. Já na largada as coisas ficaram a feição dos dois, e depois disso foi administrar. Com uma estratégia de fazer o melhor possível numa corrida limpa, com desempenho realista as coisas seriam mais fáceis, e de fato foram. Maycon venceu a prova com sobras, e de maneira inteligente, ou melhor era como tinha que ser, dominando o belo carro que tinha nas mãos, e a corrida limpa de Lucas não foi tão limpa assim, com um pequeno toque num retardatário, acaba perdendo rendimento, mas nada que comprometa uma bela atuação. Não podemos esquecer de que a pontuação era dobrada.

Rafinha largou de Williams e é sempre bom ressaltar que o rapaz é corajoso, conseguiu brigar muito contra grandes pilotos e grandes carros. Ele sabe defender como poucos, e fez muita gente sofrer, um deles foi Marcos Rezende, que teve de jogar duro para passar o menino, e chegar em terceiro, aliás, que bom piloto esse Rezende, muito consistente. Outro que chega muito forte para a próxima temporada. O que não será nada assustador, o desempenho deles tem sido altíssimo, o nível da liga é de competição até não poder mais. Claro, no hardcore é preciso de mais treino, garantir uma corrida firme não é tão fácil se você ainda não tem a ''manha''.

Mauricio Klippel