A famosa frase imortalizada pelo Tio Ben: “Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”, já foi utilizada por significativos nomes, muitos anos antes, como, Winston Churchill e Franklin D. Roosevelt. E me dei ao luxo de modificá-la para inseri-la na coluna. O título em questão me ajuda a explicar a força imensa que o Professional exerce na forma em que enxergamos corridas no automobilismo virtual, principalmente na F1, base em que foi pensado. É algo extraordinário, os pilotos carregam uma responsabilidade sem tamanho, são cobrados dupla, ou triplamente, treinam muito e chegam até seus volantes da maneira que todos, em todas categorias deveriam chegar: jorrando sangue dos olhos.
É fato que a união entre pilotos e chefe de equipe foi o ponto crucial para que isso desse certo, e não foi diferente. Estratégias pensadas ao esgotamento e pilotos encerrando provas do mesmo jeito. Assim foi Cingapura hoje, uma das piores, se não a pior corrida do grid, foi encarada de perto, sem fugir por cada um dos pilotos, fossem eles da Mercedes, ou da Williams.
George foi o vencedor outra vez. A fase é absolutamente espetacular, não existem repreensões a maneira que conduz seu carro, e pensa, na pista. Os pneus brancos pareciam algo arriscado, os compostos não entregam nada de performance e ainda restava um trecho enorme de corrida pela frente. Será mesmo que seria possível manter, ou melhorar seu rendimento, chegar nas Mercedes, passar e ainda não parar mais? Olha, tudo isso aconteceu, nem mesmo Henrique conseguiu parar seu arqui-rival nas pistas. Tudo deu certo, e acredite: ele conseguiu arrancar desempenho do composto branco.
O “homem do ataque” de David Cézar é fundamental neste grid, assim como Vini, que é claramente quem segura os demais, quem vem para ser aquele que contém, assim, os dois se beneficiam e marcam pontos importantíssimos. Pode não parecer olhando de cima, mas analise bem, além da competência de George, existe um Vini contendo quem se aproxima, e de quebra, fazendo ótimas provas.
A causa da Mercedes em prol das estratégias foi abraçada. Ver pilotos e chefe pensando juntos, não tem preço. Muda daqui, inverte dali, calcula tempo, verifica clima. Isso tudo faz parte do show. Show este, que Renan conseguiu dar, enfim superou o parceiro, andou muito! Lava a alma na segunda posição. Foi merecido. Foi necessário. Já Henrique, como sempre, fez tudo o que podia. Abriu a pista ao meio, buscou posições, corrigiu erros em um espaço muito curto, sofreu com legs e mesmo assim encerrou Cingapura em terceiro. Algo fantástico o nível que estes pilotos atingiram. Um grid invejável
Palmas em dobro para a McLaren. A equipe de Yan tem dois pilotos incrivelmente compatíveis. Se ajudam e pensam juntos. Ocupam posições semelhantes e não desistem jamais. São com certeza dois nomes pesadíssimos e que muita gente já está de olho. Leo e Kleber, preste atenção nesta dupla.
Enfim, a briga entre Ferrari e Mercedes agora é pessoal, haja unha, haja neurônio para pensar e sofrer tanto. Grandes pilotos, grandes corridas.
Mauricio Klippel
Classificação:
Resultado:
Pilotos que não completaram a prova: