Ainda dá, Schreiber?

MUNDIAL F1 ORION - ETAPA 13 GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA - SEASON 03

Ainda dá, Schreiber?

Bem, eu vou responder essa por ele, até porque o texto é meu e isso me concede o direito. Dá! óbvio que dá. Fernando Schreiber me parece num momento muito bom, bem mais seguro e um “tantão” menos afoito do que um dia já foi, afobação essa que o fez perder provas e pódios importantes ao longo de seu vasto tempo de Reality. Quando ele chegou por aqui mostrou de cara o quanto era rápido e arrojado, porém, metia os pés pelas mãos. Entre provas e mais provas, ele percebeu que deveria pisar um pouco no freio, não nas pistas, mas na sua forma de executar nelas.

Ele venceu muitas vezes, mas perdeu outras tantas. A auto lapidação de Fernando foi obrigatória para sua evolução, que é lenta, mas tem sido bastante eficaz. Os resultados nos mostram isso.

Tiago ainda está bastante à frente de Sandro e do próprio Schreiber, mas em compensação, Schreiber está a só 5 pontos de Sandro que no presente momento acumula resultados negativos de meio de tabela. Ou seja, Schreiber pode a qualquer instante passar Sandro se no próximo evento a performance de ambos se repetir. Essa vitória em Monza foi uma espécie de divisor para Fernando, onde ele abandonou o controle de tração e passou a executar manualmente a função, e veja bem, mesmo com uma falta de adaptação, conseguir tirar tudo da Mercedes que adquiriu no leilão, e isso inclui: fazer a Pole Position, melhor volta da prova, tomar apenas 3 segundos de punição, andar com muita propriedade e vencer, é claro, de fato, recoloca Fernando no páreo.

A parte chata de tudo isso é sempre a mesma e que assola a maioria dos pilotos: REGULARIDADE. Do contrário, o sonho de ser campeão, que é antigo para Schreiber, vai ser adiado mais um ano. Fernando é muito rápido, aliás, ele sempre foi, e quem acompanha as colunas e os comentários que eu fiz naqueles anos sabe o quanto eu gostaria de vê-lo brigando de maneira consistente por um título. Schreiber nos surpreende muitas vezes e nos deixa confusos em outras tantas. A capacidade sobra nele, e o que pode sair de suas mãos é exatamente o que presenciamos na Itália. Acontece que as dúvidas negativas precisam desaparecer sobre ele. Fernando Schreiber não pode ser o eterno Hulkemberg.

Ainda dá.