MUNDIAL F1 FÊNIX - ETAPA 18 - GRANDE PRÊMIO DO MÉXICO - SEASON 03
A voz dos pódio ressoa no México
Definitivamente não é só correr, muitas outras coisas estão por trás daquilo que vimos pronto através de uma tela seja ela qual for. São pedidos, erros, reclamações, elogios, reuniões, treinos, choro, raiva, alegria e muito, mas muito trabalho, seja da organização como também dos pilotos. Independentemente do que aconteça todos querem o melhor, mesmo que seja à sua maneira particular, o que não significa estar errado, ou certo, significa que pode não ser o momento hoje, mas que poderá ser amanhã. Onde não existe ofensa existe uma voz forte e um ouvido atento. O fato é que o Grande Prêmio do México além de ter sido excelente em termos de corrida, também foi a voz para significados diferentes se abrirem no pódio.
A termos de prova, muitos pilotos subiram e desceram, foi assim quase o tempo todo, de certa forma existiu um equilíbrio muito interessante na pista por conta do XP Cards, desta vez falo de um conjunto e não de um piloto apenas, aqueles que não vinham tão bem assim puderam manifestar novamente um lado que já vimos aflorar várias vezes, como Ildeu, Gregório, Iran, Sava e principalmente: Rafael Chaves, Caio Santos e William Extreme. Estes três conseguiram driblar o que foi negativo e subir ao pódio de maneira significativa.
Chaves de Red Bull, como sempre muito estratégico ganhou bastante fôlego em certo ponto da prova, encontrou o equilíbrio e manteve o carro na frente, inclusive sendo o primeiro em muitas voltas. Os carros de segurança hora beneficiam, hora atrapalham, esse é o jogo literalmente falando, Rafael foi preciso em seus próprios termos, lógico, ele queria vencer, e mesmo com os compostos amarelos a contragosto num momento em que vinha muito bem, reencontrar o ritmo passou a ser uma regra. Veja bem, o 2º lugar foi ótimo, ver um piloto como ele chegando a frente é gratificante, principalmente depois de certo tempo.
O mesmo acontece com Caio no quesito pódio, no quesito estar bem outra vez, andando rápido, a frente, e disputando vitória depois de tudo o que passou com problemas em sua saúde. Caio também correu pela Red Bull, foi valente ao permanecer mesmo com dores e cansaço, foi uma prova de reanimação, afinal, Caio não é só um excelente piloto, é também excelente pessoa, todos gostamos muito dele.
William venceu sua primeira prova na Reality, mais um menino de potencial grandioso, que de Ferrari largou bem atrás, e foi escalando, escalando e escalando até vencer. Sua cabeça permaneceu ligada por mais que em alguns momentos parecesse que a vitória não viria mais, justamente pelo rendimento dos adversários, pelas suas punições que não eram poucas e pela Ferrari que não é mais a mesma de outrora. Mesmo assim as coisas funcionaram bem, o Safety Car apareceu, e coroou um prova em que havia sido constante o tempo todo, seu ritmo era ótimo e a vitória veio para quem esteve um passo à frente.
No fim, as vozes que ficam neste GP são muito, mas muito importantes, como eu disse, não só por questão de resultados valiosos para pilotos valiosos que se reencontram, mas pelo desabafo de Rafael Chaves sobre a valorização dos pilotos, premiações que deveriam ser dadas, como os grids em sua visão devem ser montados, sobre os nivelamentos dos mesmos e sim, está tudo bem com isso, ele foi respeitoso, consciente e isso lhe dá o direito de falar sobre o que de certa forma o incomoda. Fica a homenagem a Caio que aos poucos volta a retomar seu ritmo normal, a sua emoção de estar perto dos amigos, de estar num pódio novamente e agradecendo por isso. Claro, a vitória de mais um menino inteligente que agiganta e pede passagem por entre os gigantes.
CLASSIFICAÇÃO (XP CARDS):
RESULTADO:
Piloto destaque:
Piloto da corrida:
Não terminaram
Por Mauricio Klippel